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Concerto da Osesp traz Fábio Zanon

O violonista brasileiro radicado na Europa é o convidado desta semana da orquestra, que se apresenta sob a regência do maestro suíço Roman Brogli

Por Agencia Estado
Atualização:

O violonista brasileiro radicado na Europa Fábio Zanon é o solista convidado desta semana da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que será dirigida pelo maestro suíço Roman Brogli. O programa inclui a Sinfonia n.º 7 de Dimitri Shostakovich, mais conhecida como Leningrado. Zanon, músico em ascendência no cenário europeu - desde 1996, quando venceu o 30.º Concurso Francisco Tárrega e o 14.º Concurso da Fundação Americana de Violão dos EUA, já gravou três discos e tem se apresentado com freqüência em Viena e em Londres -, vai interpretar o Concerto para Violão e Orquestra Três Gráficos, de Maurice Ohana. Composto entre 1950 e 1957, Três Gráficos simboliza um marco na história das peças compostas para violão e orquestra. "É o primeiro concerto verdadeiramente moderno pois, apesar de ter uma forma que se aproxima do flamenco, ele dá um tratamento totalmente contemporâneo", analisa Zanon. Pouco interpretado não apenas no Brasil mas em todo o mundo (os concertos desta semana marcam a estréia da peça na América Latina), ele apresenta o violão como um instrumento quase percursivo e tem como uma de suas principais características a enorme capacidade de orquestração do compositor. "Ele não é muito tocado pois, diferentemente do que ocorre com as obras de Villa-Lobos e Joaquin Rodrigo, não cria uma comunicação imediata com o público." Não é apenas essa, no entanto, a razão do desconhecimento em relação à peça de Ohana. Para Zanon, o fato pode ser explicado também por razões geopolíticas. "Ohana nasceu em Marrocos, tinha nacionalidade britânica e morava na França: ninguém reclamava ou defendia sua obra." Entusiasmo - Outro destaque do programa desta semana, a Sinfonia Leningrado, de Shostakovich, foi composta em meio à 2.ª Guerra Mundial. Uma verdadeira exaltação, em que transparece claramente o entusiasmo e o fervor presentes no conturbado ambiente em que a sinfonia, uma das mais populares do compositor foi criada. Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Quinta, às 21 horas; domingo, às 16h30. De R$ 10 a R$ 30. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n.º, tel. 3337-5414

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