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Compay Segundo morre em Havana aos 95

Compay Segundo, mestre da música cubana desde os anos 20, ressurgiu graças ao disco e ao filme Buena Vista Social Club. Leia mais sobre o músico cubano.

Por Agencia Estado
Atualização:

O lendário músico cubano Compay Segundo morreu em Havana, na noite de ontem, aos 95 anos de idade. Sua saúde estava debilitada há vários dias. A morte de Compay Segundo aconteceu apenas dois dias depois de ele ter assistido a um concerto em sua homenagem, por membros de sua própria banda, no histórico Hotel Nacional de Havana. Compay Segundo nasceu Máximo Francisco Repilado Muñoz em Siboney, na província de Santiago de Cuba, no Leste da ilha, filho de um espanhol da Andaluzia que trabalhava como operário de ferrovia. Ele começou cedo a tocar o três (uma espécie de violão de três cordas, típico da região rural de Cuba) e o clarinete, e na década de 20, a década dourada da música cubana - que seria muito conhecida nos Estados Unidos e de lá para o resto do mundo -, ele já cantava e compunha. Depois de décadas de sucessso, Compay Segundo, assim como vários companheiros de geração, sumiu completamente do mapa musical. Trabalhou anos como camponês. Exatamente como aconteceu com vários de seus colegas, voltou à fama graças ao projeto ?Buena Vista Social Club?, do produtor e guitarrista americano Ry Cooder e do cineasta alemão Wim Wenders. O disco gravado pelos veteranos músicos cubanos em 1996 e o filme de Wim Wenders fizeram um extraordinário e planetário sucesso, introduzindo às novas gerações o son cubano que fez furor entre os anos 20 e 50. Tanto o disco original quanto o filme de Wim Wenders começam com o suíngue irresistível de Chan-Chan - obra de Compay Segundo. A música perdeu também Benny Carter

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