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Começa Rock in Rio Lisboa, com Guns e Red Hot

Ivete Sangalo abre o festival cantando Imagine, de John Lennon. Evento terá grandes destaques, como Guns n? Roses e Red Hot Chili Peppers

Por Agencia Estado
Atualização:

A segunda edição do Rock in Rio Lisboa dá a largada, com o ritmo ensurdecedor de 150 tambores e deve atrair 400 mil pessoas durante seis dias de festival, com 70 atrações. A cantora baiana Ivete Sangalo abre a festa cantando Imagine, de John Lennon. "Preparem os seus corações, porque está começando o Rock in Rio, com muita paz e amor", diz a cantora brasileira, que voltará a se apresentar nesta noite de abertura do evento, que abre dedicado aos jovens. No ?Rock in Tejo?, além de Ivete, sobem ao palco o grupo português D?ZRT, que faz a preliminar, às 19 horas. O grupo inglês Jamiroquai e a colombiana Shakira são as maiores estrelas internacionais do dia. Mas quem deve surpreender são a inglesa Corinne Bailey-Rae e o grupo Starsailor, ambos muito interessantes. Primeiro grande festival de rock a desembarcar na América do Sul, em 1985, o Rock in Rio teve o mérito de transportar aos trópicos, em suas três edições (além de 1985, em 1991 e 2001), o rastilho utópico que foi aceso lá em Woodstock, em 1968. Sempre teve a pretensão de resgatar o ideário da comunhão, da solidariedade. Os músicos sempre vinham ao Brasil pela possibilidade de uma viagem exótica, muito mais do que pelo dinheiro. Vieram pela lenda do Rio de Janeiro, e fizeram shows memoráveis: Freddie Mercury, do Queen, cantando Love of my Life com um coro de 300 mil entrou para a história, em 1985. Em 2004 festival muda para a Europa Mas, em 2004, o publicitário Roberto Medina, idealizador do festival, mudou-se de mala e cuia para a Europa. No bucólico Parque da Bela Vista, em Lisboa, com 35 milhões no bolso, ele realizou o primeiro Rock in Rio Lisboa para um público de 500 mil pessoas, mostra que nesta sexta-feira chega à sua segunda edição. Em Lisboa, Medina encontrou patrocínio farto, mas enfrenta um duelo nessa edição, com o Festival Super Bock Super Rock, que recebe, no Parque do Tejo, desde hoje, bandas como Franz Ferdinand, Editors, 50 Cent e deus. Uma figura recorrente do festival concentra todas as atenções: o cantor Axl Rose, frontman do grupo de hard rock Guns n? Roses, proprietário de um dos maiores fenômenos do rock, cristalizado a partir de álbuns como Appettite for Destruction (1987). Quando se iniciarem os primeiros acordes de Welcome to the Jungle, sábado, às 23h45, a platéia vai enlouquecer, como fez no último Rock in Rio no Brasil, em 2001. Eles tocam ainda outras 20 canções, como It´s So Easy, Mr. Brownstone, Better, Knockin´ On Heaven´s Door, Sweet Child O?Mine, November Rain e Patiente. De comportamento errático e excêntrico, Axl ficou cinco anos isolado em sua mansão em Los Angeles. Já virou piada o disco que promete há sete anos, Chinese Democracy. Mas eis que o sujeito reaparece - ele adora o promotor do Rock in Rio, Roberto Medina. Ressurgiu há alguns dias no Hammerstein Ballroom, em Nova York, sob histeria de fãs. Seu Guns n? Roses veio de lineup novo - os guitarristas Robin Finck, Rich Fortus e Ron Thal, o baixista Tommy Stinson, o baterista Brain, e os tecladistas Chris Pittman e Dizzy Reed. Red Hot Chili Peppers, o primeiro das paradas Outras duas grandes estrelas da programação são o cantor inglês Roger Waters, ex-Pink Floyd, e a banda californiana Red Hot Chili Peppers, a bordo de um álbum duplo excepcional, Stadium Arcadium, recém-lançado, e que está no topo das paradas de sucesso americanas. O festival terá ainda outros brasileiros: Marcelo D2, Pitty, Jota Quest. Pela primeira vez, Gilberto Gil não está escalado. E os Orishas, de Cuba, fazem as honras do hip-hop. Para quem gosta de eletrônica, o festival traz um cardápio apetitosíssimo: Groove Armada, Carl Cox, 2 Many DJ?s, Danny Tenaglia, entre outros. O Rock in Rio no Brasil catapultou o rock nacional a uma condição de mercado, com Barão Vermelho, Blitz, Kid Abelha, Lulu Santos, Paralamas. Ao final, com um saldo de 3,7 milhões de espectadores, já é parte da história do rock, mas também corre o risco de tornar-se apenas mais uma marca multinacional.

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