PUBLICIDADE

Com Paula Lima, ‘Soul Lee’ dá nova roupagem a grandes sucessos de Rita Lee

Show que volta aos palcos de São Paulo, apresenta ao público hits como ‘Ovelha Negra’ e ‘Doce Vampiro’ em versão soul music

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - Uma das grandes vozes da música popular brasileira na atualidade está em turnê para homenagear aquela que é reconhecida como a rainha do rock brasileiro. No espetáculo Soul Lee, Paula Lima apresenta seu lado fã e canta sucessos da “musa e empoderada” Rita Lee em versão soul music. O show volta aos palcos em São Paulo nesta terça-feira, 22.

Paula Lima cita Rita Lee como exemplo de empoderamento feminino e diz que artista era 'várias mulheres em uma só' Foto: Wilton Júnior/ Estadão

PUBLICIDADE

Durante os 90 minutos da apresentação, a cantora reinterpreta sucessos como Mutante, Caso Sério, Pagu, Agora Só Falta Você, Doce Vampiro e Ovelha Negra – e mostra mais uma vez que a música que consagrou Rita Lee não cabe dentro de uma caixinha.

“Ela começou fazendo rock, depois pop rock, depois fez música romântica dentro disso tudo”, exalta Paula. “Eu sou uma mulher do soul e do suingue, e queria muito cantar a melodia e a poesia da Rita.”

A escolha por homenagear Rita Lee veio de uma admiração que existe desde a infância, revela a cantora. 

“Estamos falando de uma grande mulher, musa inspiradora que eu tenho grandes lembranças desde que eu me conheço por gente, desde que eu me conheço como menina, como mulher. Eu sempre gostei muito da poesia, da inteligência dela, do lado sarcástico, do humor, da alegria, do romantismo, do lado politizado, do lado ácido e do lado doce. A Rita tem várias mulheres numa só”, diz Paula. “O que mais impressiona nela é o lance de ter sido empoderada antes mesmo que essa palavra existisse.”

No vídeo abaixo, Paula Lima fala mais sobre Rita Lee e sobre seu show, 'Soul Lee': 

As duas já chegaram a dividir um palco, mas a turnê Soul Lee começou a ganhar corpo após uma apresentação em que Paula Lima cantou um dos sucessos de Rita e encantou o público. A partir daí o projeto foi sendo lapidado aos poucos – “eu tenho um lado muito perfeccionista”, pontua –, mas ela frisa que o espetáculo ainda não está fechado. É, como a música, mutante.

Publicidade

“Outro dia eu li uma entrevista e achei muito interessante porque dizia que, quando você cria um show, ele nunca está acabado, está sempre em evolução. Então eu acho que tem muitas coisas para eu colocar neste show, para rever um arranjo ou outro. É sempre um processo evolutivo, e nunca tem fim”, considera Paula.

Os prováveis novos arranjos deverão vir mesmo que, até agora, o espetáculo tenha agradado ao público. Quando Soul Lee foi apresentado pela primeira vez, também na capital paulista, a resposta da plateia foi a melhor possível. 

“O primeiro show foi no Sesc Pinheiros. Esgotadíssimo, lotado, com o público aplaudindo cada canção em êxtase, com emoção, com vibração”, comemora Paula.

Esse público, aliás, é bem diverso em idade, estilo e até gosto musical. “Tem o meu público, claro, e com certeza tem o público da Rita, que talvez esteja me conhecendo e não esperava esse encontro. Pelo que eu ouvi, acho que eles gostaram”, comenta a cantora. “A Rita é uma mulher tão única e tão valiosa, que fala com gerações, com homens e mulheres. Ela tem ainda um lance sarcástico e engraçado que também fala com adolescentes e crianças.”

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

A artista prevê vida longa ao espetáculo. “O Soul Lee era algo tímido, um ‘estou a fim de fazer’, mas ele ganhou corpo. Eu vou fazer muita coisa. Talvez eu registre essas músicas, esses arranjos. Eu não sei se ele está no início, quando eu vou parar de fazer ou se eu vou parar de fazer”, pondera. “Sei que ele já tem lugar cativo comigo”, afirma.

A expectativa de Paula Lima é que a apresentação ganhe outras praças. “Eu quero que este show aconteça no País inteiro. Se tiver que acontecer fora também – apesar de ele não ser tão ‘brasileiro’ –, vai ser lindo também”, diz. “Mas ainda tem muito chão. Ele é um bebê, que nasceu supersaudável, gordinho, feliz, numa vibe muito boa. Eu não estou surpresa com o que vem acontecendo. Acho que será vida longa o Soul Lee.”

O Soul Lee tem Naldo Souza nos teclados e direção da banda, Cabello na bateria, Robson Henrique no baixo, Bruninho Nunes na guitarra e no violão, e Guto Bocão e Alemão na percussão.

Publicidade

PAULA LIMA – SHOW SOUL LEE

TEATRO PORTO SEGURO

ALAMEDA BARÃO DE PIRACICABA, 740, CAMPOS ELÍSIOS.

HOJE (22), ÀS 21H.

INGRESSOS: R$ 50 / R$ 90. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.