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Com disco novo na mala, chega enfim The Bravery

Cantor Sam Endicott fala com exclusividade ao Estado sobre show de seu grupo, em novembro, no Anhembi, em festival que tem ainda Ladytron e 2 Many Djs

Por Agencia Estado
Atualização:

Deliciosamente irrelevante, The Bravery surgiu no cenário musical de Nova York há dois anos e foi comendo o mingau pelas beiradas. Tornou-se cult em pouco tempo, embora muita gente torça o nariz para a pose de seu líder, Sam Endicott. A revista "New York" definiu o maior hit do Bravery, "An Honest Mistake", assim: ´É um monstro de Frankenstein que mistura o rock britânico dos primeiros anos dos 80, mais batidas rápidas de eletrônica à moda New Order, cadência de Duran Duran e a ironia lírica dos Smiths.´ Nada disso era desabonador e o Bravery emplacou. Agora, prestes a lançar um novo disco (sairá em 2007), o topetão de Endicott desembarca em São Paulo no Nokia Trends, dia 25 de novembro, na Arena Skol Anhembi, para um público estimado em 12 mil pessoas. Sam Endicott falou com exclusividade ao Estado. Depois do sucesso de "An Honest Mistake", vem o desafio do segundo disco. Isso deixa você assustado? Não estou preocupado. O novo disco está pronto e é de fato diferente do primeiro. A diferença é que esse tem um feeling de disco ao vivo. É um disco mais pessoal, mais orgânico, diversificado. Fizemos até agora 15 músicas. Deve ser lançado no começo de 2007. Quando saiu o seu primeiro disco, o vocalista do The Killers, Brandon Flowers, acusou vocês de serem mera imitação da banda dele. O que você achou daquilo? Há muito ´shit talking´ na mídia. Muito diz que diz. Não gosto disso, mas a mídia fica excitada. Recentemente, Brandon me pediu desculpas. Ele disse: ´Fui um babaca, me desculpe.´ Gosto do Killers, concordo que é cool. Mas não tem nada a ver. Há uma mensagem no seu website esclarecendo que não houve uma suposta prisão de parte do grupo na Venezuela. O que aconteceu? (Risos) Nunca estivemos na Venezuela. Alguns de nós estivemos na Costa Rica, mas ninguém foi preso. Não temos problema com a polícia. Quer dizer, às vezes a polícia acha estranho o jeito que você se veste e enche um pouco a paciência. Mas isso depende da parte dos EUA em que a gente está. Alguém definiu sua banda como um grupo que emergiu daquelas ruínas que foram o World Trade Center e que vocês são ´uma banda para fazer dançar enquanto as bombas caem´. Concorda com essa definição? Não foi uma relação que nós procuramos. É que nós vivíamos em Nova York, em 2001. Foi uma época estranha, um tempo assustador, e aquilo repercutiu no nosso trabalho, em canções com "Fearless". Daí a identificação. No ano passado, você teve de cancelar um show porque perdeu a voz. Perdi, é verdade. Foi em Miami. Me tomou um tempo enorme a recuperação. Descobri naqueles dias que um monte de drogas combinadas pode não ser tão inofensivo. Levei muitas injeções no traseiro e passei a maneirar, a me cuidar mais, para não entrar em colapso de novo. Mas estou bem. Há muita gente que diz que você lembra um pouco aquela vulnerabilidade do Morrissey, dos Smiths, quando está no palco. Isso é intencional? De jeito nenhum. Gosto de Morrissey, mas nunca o conheci. Acho que ele é definitivamente cool, mas tenho meu estilo, não copio ninguém. Vocês sempre citam bandas clássicas como influências, The Clash, Ramones. E entre as novas, quais você acha interessante? Gosto de Yeah Yeah Yeahs, Strokes. Tem outra que ouço e gosto muito, Ambulance. Mas, em geral, gosto mesmo é de ouvir Deep Purple. E no Brasil, quais são os planos? Vão tocar alguma coisa nova? Metade do show vai ser do disco antigo, metade já terá as coisas do disco novo. Estou ansioso por tocar aí. Nosso baixista (Mike Hindert), a mãe dele é metade brasileira. Ele até fala um pouquinho de português. Seleção de DJs Além do Bravery, estão confirmados no Nokia Trends 2006 os imparáveis belgas do 2 Many DJs, Radio Soulwax (Soulwax Nite Versions) e o Ladytron. Ainda faltam outros quatro nomes internacionais a serem confirmados. O festival reúne ainda DJs residentes de 5 clubes que fazem parte da Nokia Trends Seleção Brasileira de Clubes: Carlo Dall´Anese (Sirena), Cláudio I (Manga Rosa), Leozinho (Warung), Mau Mau (Lov.e) e Renato Ratier (D-Edge),mostrando pela primeira vez a união dos cinco melhores clubes do País em um só lugar. O Nokia Trends 2006 será dividido em três áreas distintas, com apresentações musicais e experiências juntando telefonia móvel e arte multimídia. Nesta edição, o Nokia Trends combina arte digital com arte urbana. Renato Mott, gerente de Marketing responsável pelo Nokia Trends, diz que prioriza ´a busca do inédito´ no evento, além de uma unidade entre as diversas atrações. Mais informações sobre o festival e os ingressos no site do Nokia Trends.

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