Coachella 2016 aposta na nostalgia das gerações de  Guns N' Roses e LCD Soundsystem

Festival, que traz o reencontro de parte da versão clássica da banda de Axl Rose, tem início nesta sexta, 15

PUBLICIDADE

Por Pedro Antunes
Atualização:

Nem mesmo a notícia de que Axl Rose havia fraturado um osso do pé foi capaz de diminuir a empolgação dos fãs de Guns N’ Roses com o retorno da banda com três dos integrantes da formação clássica – o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan se uniram ao vocalista nesta turnê de reunião anunciada há pouco.

E, depois de apresentações em Las Vegas, é a vez daquela que um dia já foi a maior banda do planeta, na virada das décadas de 1980 para 1990, mostrar se ainda tem lenha para queimar naquele que está entre os quatro maiores festivais de música do globo, o Coachella Valley Music and Arts Festival, iniciado nesta sexta-feira, 15, no desertão de Indio, no Estado norte-americano da Califórnia, e realizado nos dois próximos fins de semana, de 15 a 17 e 22 a 24.

Axl Rose comandou o Guns N' Roses durante a última passagem por São Paulo, em 2014 Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

PUBLICIDADE

Além de Axl Rose e sua (antiga) companhia, o DJ Calvin Harris e o retorno da idolatrada banda indie-dance LCD Soundsystem completam a formação como as principais atrações do festival criado em 1999. As mesmas atrações se apresentam nos dois fins de semana. 

Colocado no mesmo patamar de outros festivais capazes de reunir multidões, como Glastonbury e o Lollapalooza Chicago (que de tão grande iniciou sua conquista global, chegando a países latinos como Brasil, Chile e Argentina), e Rock in Rio, o Coachella define muito do que vai se comentar de música ao longo do ano. Shows históricos a fiascos. Novas sensações e bandas derrotadas pelo tempo. No ano passado, por exemplo, quase 200 mil pessoas passaram por ali. 

E entre todas essas dúvidas está a principal: o que será da performance do Guns N’ Roses. Axl se apresentou, em Las Vegas, em um trono, tal qual o carismático Dave Grohl quando ele faturou a perna, no ano passado. As críticas das performances foram positivas. Ver o trio de ataque formado por Axl, Slash e Duff, que não entra em turnê junto desde 1996, quando o guitarrista deixou o grupo, é histórico.

A boa notícia é que foram apenas canções do Chinese Democracy, controverso disco que levou mais de uma década para ficar pronto, durante as performances em Vegas. O excepcional Appetite for Destruction, responsável por abalar as estruturas do hard rock e emplacar o rosto de Axl Rose nas capas de revista e na MTV, de 1987, ocupou oito vagas no repertório daquelas noites. 

O Guns encabeça a segunda noite de sábado, 16, a mais concorrida. Na abertura, nesta sexta, 15, será a oportunidade de rever os queridinhos indies LCD Soundsystem, cuja carreira foi interrompida em 2011, com despedida no Madison Square Garden e tudo, mas que decidiu voltar para novo disco e nova turnê – com mais sustância do que o Guns, que aposta só na nostalgia. Por fim, Harris traz a cota de música eletrônica necessária, atualmente, para que um festival desse porte se sustente no domingo, 17. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.