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Chico Saraiva vence o 6.º Prêmio Visa

Por Agencia Estado
Atualização:

Chico Saraiva foi o vencedor do 6.º Prêmio Visa de Música Popular Brasileira - Edição Compositores. Nascido no Rio de Janeiro, o compositor, violonista, arranjador, produtor e professor Chico Saraiva, de 29 anos, cresceu em Santa Catarina, mas vive em São Paulo há oito anos. Ele foi o único que apresentou suas três canções nesta noite acompanhado dos cantores Ana Luíza (Incerteza (dele e Luiz Tatit) e Marcelo Preto (Lua dos Mares (em parceria com Luís Felipe Gama). Sozinho ao violão, tocou Trégua, música dele e de Luiz Tatit. Em segundo lugar ficou Sérgio Santos e em terceiro, Vander Lee - ambos naturais das Minas Gerais. O vencedor pelo voto popular foi Rafael Altério. O público presente (cerca de 1.350 mil pessoas), ao aplaudir de pé a apresentação do paulistano Rafael Altério, dava indícios de sua preferência. Nando Reis, convidado para fazer o show especial da finalíssima, foi escolhido para entregar o prêmio ao compositor: uma semana em Buenos Aires ou Miami. O show especial de Nando Reis (ex-Titãs) e sua banda, entreteve a platéia de mais de 1,3 mil pessoas na Directv Music Hall enquanto o júri, presidido pelo maestro Nelson Ayres escolhia o vencedor da noite. No meio do show, Nando desejou sorte aos concorrentes e coragem para levar a carreira de músico avante. Patrocinado pelos cartões Visa do Brasil e realizado pela Rádio Eldorado, o prêmio dá ao primeiro colocado R$ 100 mil reais e odireito de gravar um CD pelo selo Eldorado, além de um troféu e certificado de participação. O segundo lugar vai levar R$ 50 mil reais, mais troféu e certificado, e o terceiro colocado, R$ 30 mil, mais troféu e certificado. Os outros dois finalistas receberão R$ 10 mil, cada um, e um certificado. Após quase três meses de apresentações e eliminatórias, o 6.º Prêmio Visa chegou à sua finalíssima com a apresentação dos cinco candidatos: Celso Adolfo, Vander Lee, Chico Saraiva, Rafael Altério e Sérgio Santos. Um carioca, um paulista e três mineiros, todos com uma trajetória significativa na música brasileira. O reação contida de Chico Saraiva na hora em que seu nome foi anunciado pela apresentadora Glória Maria tem explicação. Em vez de pulos, urros e gritos, ele ficou meio cabisbaixo, como se não estivesse acreditando no que ouvia. Mais tarde, o compositor explicou seus motivos. "Não acreditei, um pouco pela necessidade de não impor um clima glamouroso, mas isso é um detalhe tão pouco importante, o importante é o espaço proporcionado para nós", justifica. "Eu estava preocupado com a reação dos companheiros, com a situação constrangedora." Chico Saraiva gosta da rítmica bem trabalhada, presente, por exemplo, na obra de Chico Buarque, Tom Jobim, Pixinguinha, Heitor Villa-Lobos, Edu Lobo, Dori Caymmi. São nomes de referência para o seu trabalho. Ele atribui a pouca apreciação do primor rítmico à agitação da vida moderna. "Percebi que minha música falava de alguma coisa que, de certa forma, as pessoas estavam sentindo falta. Sinto que a música procura uma conversa mais calma com o público, que não seja tão superficial como essa nossa contemporaneidade." Para o próximo CD, que gravará pelo selo Eldorado, ele já tem todo o repertório pronto. "Essa premiação é fundamental, porque salva-vidas, salva músicas."

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