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Casa cheia na segunda semifinal do Prêmio Visa

Por Agencia Estado
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Dois paulistanos, uma mineira e uma carioca de estilos diametralmente opostos fizeram ontem à noite, no Directv Music Hall, a 2.ª semifinal do 5.º Prêmio Visa MPB Vocal. A casa estava cheia, e as apresentações foram aplaudidas entusiasticamente pelos espectadores - que demonstraram leve preferência pela paulistana Luciana Alves, de 25 anos, a última a cantar na noite. O cantor Renato Braz, de 34 anos, foi o primeiro a se apresentar, e exibiu certa versatilidade musical, acompanhando-se percussivamente na canção de abertura, Segue o Teu Destino, de Sueli Costa e Ricardo Reis. Depois, foi ao violão e cantou Cruzeiro do Sul (Jean e Paulo Garfunkel), Lenda Praieira (Mário Gil e Paulo César Pinheiro) e O Velho Francisco (Chico Buarque). Braz já tem uma certa experiência como cantor, tendo participado de diversos festivais e da reedição do espetáculo O Banquete dos Mendigos, no ano passado, no Teatro Municipal de São Paulo. Em novembro de 2000, foi convidado por Edu Lobo para integrar o espetáculo O Grande Circo, exibido como especial de Natal pelo SBT. A mineira Paula Santoro entrou a seguir. Com bom currículo na televisão - dublou a atriz Maria Fernanda Cândido na minissérie Aquarela do Brasil e gravou (com o grupo vocal Nós & Voz) para a série Chiquinha Gonzaga -, ela já gravou com Hélio Delmiro e atuou em diversos musicais. Durante a Copa do Mundo de 1998, na França, ela cantou naquele país num evento de música nacional, o Brahma Brasil Festival, que tinha ainda Fernanda Abreu, Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso, Skank e O Rappa. Seleção difícil - Paula Santoro, acompanhada de Adriano Souza (piano), Rafael Barata (bateria), André Carneiro (baixo) e Mila Schiavo (percussão), cantou também quatro canções, um repertório difícil: Miragem do Porto (Lenine/Bráulio Tavares), Lua Branca (Chiquinha Gonzaga), Morro Velho (Milton Nascimento) e Acender as Velas (Zé Kéti). A carioca Clarisse Grova, visualmente sugerindo uma mistura de Ana Carolina com Ângela Ro-Ro, ganhou a simpatia da platéia com um estilo expansivo, menos técnico e mais livre. O seu repertório também foi o menos reverente da noite: Paciência (Lenine e Dudu Falcão), Tango de Nancy (Edu Lobo e Chico Buarque), Com a Perna no Mundo (Gonzaguinha) e Traduzir-se (Fagner e Ferreira Gullar). Clarisse era a veterana da jornada. Tem 44 anos e canta desde cedo em igrejas, bailes e clubes noturnos do Rio de Janeiro. Ela gravou seu primeiro disco com um arranjador famoso, César Camargo Mariano. Em 1996, gravou com o grupo de fusion carioca Cama de Gato, do baixista Arthur Maia. No mesmo ano, também foi uma das convidadas para a gravação do CD Estão Voltando as Flores, que tinha cantoras consagradas, como Nana Caymmi. Em 1997, Clarisse recebeu um convite de Aldir Blanc para gravar o disco Novos Traços, com produção de Rildo Hora, e que trazia canções inéditas dos parceiros Aldir Blanc e Cristóvão Bastos. Acompanhada por dois violões e acordeão, com uma abordagem cool de standards como Dora (Dorival Caymmi) e A Correnteza (Tom Jobim e Luis Bonfá), a cantora Luciana Alves convenceu logo de cara a platéia. Ouviram-se muitos gritos de "bravo" ao final de cada número musical da jovem intérprete, que sambou timidamente, fez raros scats e demonstrou boa versatilidade. Ela começou a cantar aos 18 anos, em bares e gravando jingles. Desde então, apresentou-se ao lado de músicos como Guinga, Hermeto Pascoal, Paulinho da Viola e Helton Medeiros. Também participou da gravação do disco Madeira Que Cupim não Rói, do pernambucano Antônio Nóbrega. Luciana cantou com o apoio de Swami Jr. (violão de sete cordas), Kléber Costa (violão e baixo), Guilherme Kastrup (percussão), Zezinho Pitoco (clarineta e percussão) e Toninho Ferraguti (acordeão).

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