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Carlos do Carmo, o 'Sinatra' do fado português, morre aos 81 anos

Nascido em Lisboa em 1939, ele despediu-se dos palcos no ano passado, após uma longa carreira durante a qual levou o fado pelo mundo

Por Reuters
Atualização:

O cantor português Carlos do Carmo, um dos artistas mais queridos do país, conhecido como o “Sinatra” do fado comovente e melancólico, faleceu nesta sexta-feira aos 81 anos.

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Do Carmo, nascido em Lisboa em 1939, despediu-se dos palcos no ano passado, após uma longa carreira durante a qual levou o fado pelo mundo. Tornou-se o primeiro artista português a receber o prêmio Grammy Latino pelo conjunto da sua obra em 2014.

Ele morreu na manhã do dia de Ano Novo no hospital Santa Maria, em Lisboa, após sofrer um aneurisma da aorta, informou a mídia portuguesa.

Com Marisa.Carlos do Carmo se apresenta no estádio da Luz, em Lisboa, em 2007. Foto: REUTERS/Jose Manuel Ribeiro

“Carlos do Carmo não foi apenas um fadista notável... uma das suas maiores contribuições para a cultura portuguesa foi a forma como renovou o fado e o preparou para o futuro,” escreveu o primeiro-ministro António Costa no Twitter.

“Ele era a voz de Portugal”, disse o presidente Marcelo Rebelo de Sousa à emissora TVI.

O fado, que surgiu nas ruas e tabernas de Lisboa no século XIX, expressa a tendência portuguesa para a saudade.

Embora o fado tradicional fosse o cerne de sua carreira, Do Carmo trouxe influências de estilos musicais de artistas que vão desde músicos da bossa nova brasileira a Frank Sinatra para dar a essa forma musical seu próprio toque, às vezes cantando com uma orquestra em vez do tradicional conjunto de apenas um cantor e dois guitarristas.

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Ele levou o fado aos maiores palcos do mundo. Supervisionou ainda um filme sobre o fado, que estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2007.

Tributos inundaram as redes sociais após a notícia de sua morte. A Marinha portuguesa postou no Twitter que Lisboa, cidade que inspirou uma das canções mais icônicas do cantor, “hoje acordou mais triste”.

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