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Campos do Jordão terá público recorde

Por Agencia Estado
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São 120 hotéis lotados, com 8 mil leitos ocupados. São 30 carros por minuto, em média, passando pela rodovia. É cerca de 1,5 milhão de pessoas espalhadas pelas colinas e encostas e a zona rural da cidade. É o inverno em Campos do Jordão, do qual o festival de música erudita é a cereja do bolo. "Campos do Jordão tem uma única fonte de receita, que é o turismo", diz o prefeito da cidade, Lélio Gomes, que espera um público recorde este ano. "O Festival de Inverno é uma forma de mantermos um bom nível de turismo e oferecer programação de qualidade para os visitantes." O festival começa sábado, às 21 horas, no Auditório Cláudio Santoro, com apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Coro Sinfônico, Coro Paulistano, o pianista Nelson Freire, o barítono Thomas Potter e regência de Roberto Minczuk. As entradas custam R$ 50,00. É o 8.º festival realizado pela gestão de Marcos Mendonça desde o início do governo Covas à frente da Secretaria de Estado da Cultura - e o terceiro com patrocínio da Telesp Celular. "As atividades do festival ajudam a manter o contato entre as pessoas, além de causarem grande impacto social, econômico e cultural", diz Carlos Vasconcelos, presidente da empresa. A novidade da mostra este ano, segundo disse o secretário Mendonça, é a inclusão de outras áreas que não a música no cardápio do evento. Na área lírica, será a ópera Don Pasquale, de Gaetano Donizetti, que estreou originalmente em 3 de janeiro de 1843, em Paris. Montagem da Prefeitura de Santo André, a ópera-bufa de Donizetti estreará no dia 21, às 21 horas, também no Auditório Cláudio Santoro, com entradas a R$ 10,00. A regência é de Flávio Florence e no papel do velho solteirão Don Pasquale estará o barítono Sandro Christopher. A soprano Cláudia Riccitelli fará a jovem viúva Norina, pretendida por Pasquale. A direção do festival é de Antonio Carlos Neves, diretor do Conservatório de Tatuí, que tem buscado, desde que assumiu a mostra, incrementar o aspecto didático do evento. "Estou desde 1979 envolvido no festival, desde que fui a Campos do Jordão como professor", conta Neves. Em Campos, ele pretende concentrar forças na sua orquestra de câmara de alunos, com 52 vagas. Em Tatuí, extensão do festival, o foco são as bandas de música, "o celeiro dos sopros das orquestras sinfônicas". Para o prefeito Lélio Gomes, o grande afluxo de turistas é coisa de se comemorar. "Campos do Jordão é uma Belíndia, com índices de Bélgica e índices de Índia, grandes palacetes e casas de chão de terra batida", ele diz. "A receita subindo, podemos ajudar a diminuir essas diferenças."

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