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Camelôs vendem CD de Roberto Carlos por R$ 3,00

Por Agencia Estado
Atualização:

No mesmo dia em que chegou às lojas de todo o País, o novo disco de Roberto Carlos estava sendo vendido por camelôs do centro de São Paulo por R$ 3 - numa embalagem tosca, com a capa e a contra copiadas em papel sulfite mas contendo todo o repertório do álbum. "Apesar do ´rapa´ (fiscalização) baixar toda hora, tá saindo bem", afirmou um camelô, que se identificou apenas como Toni. Maior artista do cast nacional da gravadora Sony-BMG, Roberto Carlos lançou seu álbum na semana passada em uma concorrida coletiva no Rio de Janeiro. A gravadora informou que fez uma pré-venda de 250 mil discos do novo álbum. No entanto, a numeração dos CDs oficiais, reproduzida nas cópias dos camelôs já mostrava que a vendagem ultrapassava os 260 mil álbuns. Gravado entre 2004 e 2005 no estúdio Amigo, que o cantor mantém no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, com produção de Guto Graça Mello e Mauro Motta, Roberto Carlos, o novo álbum do cantor, teve sua finalização atrasada e só chegou à maior parte das lojas brasileiras na terça-feira - tradicionalmente, é lançado a tempo dos presentes de Natal. Roberto, na coletiva no Rio de Janeiro, procurou explicar o motivo do atraso no álbum - que não teria a ver com uma estratégia de marketing, mas com seu perfeccionismo. "A gente entra num estúdio pra fazer um disco, a gente começa a ficar tão exigente, começa a ver coisas que os outros não vêem e começa a querer mexer em tudo aquilo e coisas que, de repente, incomodam muito se a gente lançar do jeito que estão e aí vai passando o tempo, vai passando o prazo, mais um dia de gravação, mais outro, mais outro, repete uma mixagem, repete isso, repete aquilo, muda isso, muda aquilo..." O cantor dedica o disco à mulher que morreu em 1999, Maria Rita (repetindo erros de português, como a crase desnecessária nos agradecimentos), e celebra a participação da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, com quem divide os vocais na faixa inédita Arrasta Uma Cadeira, canção que ele levou 14 anos para compor. A imagem na capa do novo disco, que mostra um Roberto Carlos com os braços à mostra, de camiseta, foi feita pelo fotógrafo oficial do ´Rei´, Luis Garrido (o único que ele permite fazer suas fotos pessoais e profissionais). O cantor chegou a comentar com a imprensa a nova imagem. "Na verdade eu sempre dei uma malhadinha, sempre dei uma marombadinha. Eu gosto desta palavra: marombada", afirmou. "Na verdade, nos anos 90 não malhei muito não, porque eu ficava o tempo todo com a Maria Rita e não tinha tempo pra malhar não. A gente só ficava um com o outro e então não malhei. Mas depois voltei a malhar, voltei a marombar." Ao ser indagado se os braços à mostra seriam um exemplo da vaidade que vem com a forma física, ele concordou. "Bom, ninguém maromba pra vestir um casaco, né?", afirmou. "A gente maromba pra pelo menos botar uma camisa de manga curta. Por que, além do mais, ficar suando, lá pôxa, pra depois vestir um sobretudo, realmente..." A Rede Globo exibiu ontem o especial que Roberto Carlos gravou no Credicard Hall, em São Paulo, no dia 8. O show teve participações de Jota Quest (com quem ele canta Além do Horizonte), Chitãozinho e Xororó (Arrasta Uma Cadeira) e Claudinha Leite, da banda de axé Babado Novo (com quem ele canta Amor Perfeito). O especial mostrou um cenário high tech, com diversos telões e efeitos visuais, e Roberto cantou canções de quase todas as fases de sua carreira.

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