Bruno Mars encerrará o Rock in Rio USA neste fim de semana

Estreia do festival em Las Vegas ainda terá a força do romântico John Legend e a ausência do novo queridinho Sam Smith; Ivete Sangalo levou um tombo, mas levantou e não perdeu o tempo

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Por Pedro Antunes
Atualização:

(Atualizado às 23h01) LAS VEGAS - Um pedacinho do Rio de Janeiro logo no miolo de Las Vegas. O Rock in Rio veio ao Velho Oeste norte-americano, assim como caubóis o fizeram séculos antes ao explorar o vasto deserto que um dia dominou as paisagens da cidade kitsch. Se há um hotel no formato de pirâmide, uma mini Estátua da Liberdade e Torre Eiffel, o que impediria a existência da roda gigante e do festival que toma conta da paisagem da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro?

Realizado pela primeira vez em Las Vegas, o festival ainda pisa em ovos, mas oferece uma estrutura que impressiona logo nos primeiros passos dentro da City of Rock, versão em norte-americana da nossa Cidade do Rock, localizada no coração da cidade, na Las Vegas Boulevard. A semelhança com a versão caseira é gritante, embora o ar seja mais seco, o sol faz marca de queimadura nos desavisados em questão de minutos.

Bruno Mars. Cantor é a atração de hoje do Rock in Rio Las Vegas Foto: Charles Sykes/Invision/AP)

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Depois de um fim de semana dedicado ao rock, o Rock in Rio USA partiu para o pop sem medo, nos dois últimos dias de festival. A sexta, 15, primeiro dia do fim de semana do pop, traz atrações cheias de bons-mocismos, como Taylor Swift e Ed Sheeran, os shows mais importantes do Main Stage, o palco principal da versão gringa. O palco Sunset foi substituído pelo Mercedes-Benz Evolution Stage e, em vez de trazer duetos e parcerias improváveis, dá espaço para artistas que ainda escalam na escada da fama, caso de James Bay, Tove Lo, Charli XCX e Jessie J, que se apresentaram na sexta.

Quando o hino oficial do Rock in Rio explodiu nas caixas de som da área do evento, pontualmente às 15 h locais (19 h em Brasília), os portões foram abertos e o público invadiu a Cidade do Rock a passos largos, para garantir bons lugares diante do Main Stage, por onde Taylor, Sheeran e a brasileira Ivete Sangalo passariam. “Estamos aqui pela Ivete”, disseram três amigos brasileiros. Um deles, Rodrigo Costa, é presidente do fã-clube da cantora baiana em Nova York. “É o primeiro Rock in Rio na minha vida”, conta ele.

Ao subir ao palco, contudo, a cantora tropeçou na escada que dava acesso e chegou a ficar de joelhos no chão. Ela levantou e impressionantemente não perdeu o verso de Tempo de Alegria. “Tomei um tombo ali, mas tudo bem”, comentou, ao microfone. Ivete conversava em dois idiomas, em português, na maior parte do tempo, e inglês. “I’m gonna rock this place today”, disse, com sotaque soteropolitano. Os fãs brasileiros dominaram a frente do palco e foram recebidos com hits de micareta, como Festa e Como se Fosse Flor

Ivete caiu, mas rapidamente se levantou e continuou o show Foto: Ethan Miller/Getty Images

O último dos dois dias dedicado ao gênero mais dançante é encabeçado pelo agigantado Bruno Mars. O cantor nascido no Havaí foi alçado ao posto de superstar ao ser escalado no ano passado para cantar no Super Bowl, final do campeonato de futebol americano, e encerra o evento nascido na capital fluminense neste sábado, em Las Vegas. Cheio de rebolado, passos de dança coreografados, mas sem se esquecer das baladas românticas, ele promete ser um dono dos pontos mais altos do festival.

O primeiro fim de semana do festival foi realizado nos dias 8 e 9 de maio. Artistas com o No Doubt, Metallica, Maná e Linkin Park levaram 82 mil pessoas à Cidade do Rock construída em Las Vegas, nos dois dias de evento. 

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O número ainda é metade do esperado, mas a vice-presidente do festival, Roberta Medina, em entrevista ao Estado há uma semana, dizia que não se preocupava com esse tipo de número, principalmente na estreia do evento em solo norte-americano. Ela explicou que o público que vai a Las Vegas, a turismo, tem um perfil de pouco planejamento. “É uma cidade de última hora”, disse. A exposição do festival no primeiro fim de semana, acreditava ela, aumentaria a procura para os dois últimos dias de evento. Até o fechamento desta edição, a organização do festival não tinha o número de pessoas que foram à Cidade do Rock. 

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