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Britney Spears vem, Pearl Jam não vem

Estrela adolescente integra noite Teen, que terá ainda ´N Sync, Pato Fu, Sandy & Júnior, Funk´n Lata e Fernanda Abreu. Já a banda americana desistiu de festivais depois dos tumultos em Roskilde, na Dinamarca

Por Agencia Estado
Atualização:

O Rock in Rio por um Mundo Melhor não será um primor de coerência artística, como já não foram suas edições anteriores. Em sua defesa, pode-se dizer que raros festivais o são - tornaram-se um tipo de feijoada ou caldeirada nas quais nem todos os ingredientes são facilmente identificáveis. A noite Teen, única já completa e confirmada, traz os maiores astros da corrente teen band, o ´N Sync e a estrela adolescente Britney Spears. Além deles, Pato Fu, Sandy & Júnior, Funk´n Lata e Fernanda Abreu. Uma noite escancaradamente pop e açucarada. Britney e ´N Sync estão no auge de suas carreiras, mas o problema de trazer astros dessa natureza é que, em cinco meses, poderão estar devidamente esquecidos. É um risco. Quem ainda se lembra das Spice Girls? Quanto tempo durarão os Backstreet Boys? E os irmãos Hanson? Mas o fato é que é 2001 terá a mais diversificada das edições e trará algumas pérolas entre essa diversificação toda. São várias tendas cada uma com um curador diferente. A atração que se sobressai até agora é a que vem para a Tenda Raízes, o zairense Ray Lema. Lema é o convidado especial da abertura do festival no dia 12, no qual mostrará a ópera Le Rêve de la Gazelle (O Sonho da Gazela), que estreou em 1998 na Suíça e teve uma única apresentação mundial até agora, com a Orchestre de Saint-Sundswall. A caça - Ray Lema abre o festival com seu sexteto, mais uma orquestra sinfônica com 120 integrantes e um coral. Na peça, o compositor, maestro e musicista zairense indaga o porquê da caça, quais são as motivações que levam o homem a matar animais. É um libelo ecológico de Lema. A organização pensa em vários nomes para compor o gigantesco cast de 98 atrações do festival, mas não quer confirmar nenhum antes de ter os contratos assinados. Medina confirma apenas os que não deram certo. Um que não vem mais, por exemplo, é o grupo americano Pearl Jam, que se desiludiu com os festivais após o que aconteceu no Festival de Roskilde, na Dinamarca. Houve uma confusão que acabou com oito mortes, em junho. "Eu acho que o que houve foi falta de organização e respeito ao consumidor", diz Medina. "Não havia uma distância adequada do palco ao público e nem as facilidades e confortos que nós daremos à nossa platéia, por exemplo". Entre os nomes quase fechados para a mostra, alguns são realmente de peso. Como, por exemplo, o grupo Limp Bizkit, que está em turnê sob patrocínio do malfadado site Napster. O Rage Against the Machine também está na mira da mostra, com seu hip hop politizado e raivoso, à base de guitarras. Do chamado mainstream do rock, deverão vir apenas o R.E.M. (liderado pelo cantor Michael Stipe) e o redivivo Guns´N Roses (com o que restou de Axl Rose, após alguns anos na berlinda). O primeiro continua fazendo boa música pop, mas o segundo é uma incógnita. Na impossibilidade de trazer o Pink Floyd, fora da estrada e muito caro, deverá vir o guitarrista Roger Waters. E é provável que o Blink-182 também esteja no elenco do festival.

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