PUBLICIDADE

Brasil sediará orquestra das Américas

Por Agencia Estado
Atualização:

O menino que aos 10 anos fez seu debut como solista ao violino e aos 18 estreou como regente e solista à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira quer realizar, depois de 35 anos, um projeto inédito no País. Nelson Nirenberg, um dos maestros brasileiros mais aplaudidos no mundo, pretende fundar até o segundo semestre de 2002 a Orquestra Sinfônica das Américas. Há 30 anos morando nos Estados Unidos, Nirenberg vai aumentar o tempo de sua estada no Brasil para tornar real um sonho que acalenta desde a juventude. "Somente há dois anos comecei a elaborar o projeto, graças ao patrocínio que recebi da universidade estadual de Nova Jersey, onde sou diretor do Programa Orquestral e de Estudos de Regência", conta ele que, por quase 15 anos também foi diretor musical da American Chamber Symphony. "A intenção é reunir no Brasil 110 jovens, entre 18 e 29 anos, das três Américas, para que haja integração, treinamento orquestral e aperfeiçoamento técnico e artístico, por meio de masterclasses com renomados maestros, palestras e discussões", explica. Depois de reger grandes orquestras da Europa e dos Estados Unidos, Nirenberg acredita que deve dar sua contribuição à arte e ao público nacionais. "Enquanto a orquestra estiver em residência no Brasil faremos uma série de concertos com a intenção de atingir todos os segmentos da sociedade, especialmente as comunidades carentes. Quero que os jovens tenham acesso à música erudita e descubram que não precisam ouvir somente aquilo que lhe empurram goela abaixo, com interesse extremamente comercial e esquecendo-se que a grandeza de um país se constrói por meio de sua elevação cultural", afirma. Após a escolha dos 110 jovens - as provas devem ocorrer no início de 2002 -, eles participarão de uma série de ensaios para a formação do repertório que terá, além das grandes obras, composições de artistas das Américas. "Estaremos oferecendo uma oportunidade ímpar a esses profissionais e formando mão-de-obra", acredita Nirenberg, que já trabalhou com os maestros Leonard Bernstein, Zubin Mehta, Colin Davies, André Previn, Charles Bruch e Seji Ozawa. Segundo ele, a cada ano haverá uma nova seleção para dar oportunidade de aperfeiçoamento a outros jovens. Ainda não foi decidido se a sede da Orquestra Sinfônica das Américas será em São Paulo ou no Rio. Quem tiver interesse em apoiar ou patrocinar o projeto pode entrar em contato com o maestro pelo e-mail: nirenbergn@hotmail.com

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.