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Brasil entra na rota das turnês em 2002

Por Agencia Estado
Atualização:

Tirando um Belle & Sebastian aqui, uma Macy Gray e um Eric Clapton ali, o ano de 2001 foi magérrimo em shows internacionais. A cidade de São Paulo passou muito longe da rota das grandes turnês mundiais. Nem os artistas que vieram ao Brasil para o Rock in Rio se prestaram ao trabalho de pegar uma ponte aérea e tocar por aqui. Mas o problema parece ter sido remediado para 2002. Basta dizer que, além da intenção de trazer Björk, Radiohead, Strokes e Dido, já está confirmada a vinda a São Paulo de Lenny Kravitz, B.B. King, Santana, The Cure, Korn, Rod Stewart, Green Day, Deep Purple e, a atração mais aguardada, Pearl Jam. Desde a estréia com o multiplatinado Ten, em 91, os membros do Pearl Jam tentaram se manter à margem do mainstream, seguindo um estilo simples de vida, sem as mansões, jóias e outras ostentações comuns ao mundo do rock. Cinco bateristas e seis discos de estúdio mais tarde, Stone Gossard (guitarra-base), Mike McReady (guitarra-solo), Eddie Vedder (vocal e guitarra), Jeff Ament (baixo) e Matt Cameron (bateria) finalmente se apresentarão no Brasil, entre agosto e novembro, na casa de shows Via Funchal. Se a década de 90 ficou marcada como a era do Nirvana e seu hino grunge, Smells Like Teen Spirit, o Pearl Jam herdou a dura missão de manter acesa a chama do som de Seattle. Ainda que mais melódica e menos performática, a banda liderada pelo vocalista Eddie Vedder comemora uma década de existência um pouco assombrada pela morte de Kurt Cobain. O segundo nome mais cotado para atrair multidões (principalmente meninas que não se cansam da baladinha Again) é o americano Lenny Kravitz, que se apresenta entre agosto e novembro, também no Via Funchal. Atualmente, o músico está divulgando o álbum Lenny, em que continua explorando os referenciais sonoros do final dos anos 60 e início dos 70: Beatles na fase psicodélica, o soul lisérgico de Sly & The Family Stone, o funk do conglomerado Parliament/Funkadelic e - especialmente - Jimi Hendrix. Mais novidades e muitos boatos - E a lista de roqueiros que tocam pela primeira vez no Brasil não pára por aí. Ainda teremos o nu-metal do Korn e o baixista Roger Waters. Ex-integrante e principal compositor do Pink Floyd, Waters se apresenta em 15 de março no Estádio do Pacaembu. Para quem não conhece bem seu trabalho, um bom aperitivo do que virá ao País é seu novo álbum, In The Flesh, gravado ao vivo nos EUA e em que faz uma releitura de clássicos de sua antiga banda. Já o Korn, que fará shows nos dias 11 e 12 de março, no Credicard Hall, é uma das poucas bandas da década de 90 que pode sintetizar o estilo pesado que predominou no rock mundial. Seja isso bom ou ruim. Com suas músicas de estruturas idênticas - começo devagar, explosão no meio, final barulhento -, o grupo irá mostrar seu heavy metal moderninho pela primeira vez na América Latina. E para quem ainda não está satisfeito, é bom cruzar os dedos para que alguns boatos se concretizem. Uma das possíveis atrações de 2002 é a adorada banda inglesa Radiohead. Segundo um site irlandês, o grupo já reservou o dia 13 de fevereiro para dar uma passadinha em São Paulo. Os ingleses Charlatans e Echo & The Bunnymen e o escocês Mogwai também já estão em negociação para vir ao País. E outras bandas ditas alternativas também devem aparecer por aqui. Segundo o baterista do The Strokes, o brasileiro Fabrizio Moretti, a banda deverá tocar no País após o mês de abril. "Seja lá quando for, tenho certeza que vai ser insano", disse. Outra que está prestes a bater o martelo é a cantora Dido, que estourou no mundo inteiro com a bonitinha Thank You.

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