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Bono e Armani lançam produtos em prol da África

A iniciativa tem como objetivo arrecadar fundos para ajudar no combate à aids, tuberculose e malária na África.

Por Agencia Estado
Atualização:

Bono Vox, líder do U2 e o estilista Giorgio Armani uniram-se a conhecidas grifes de roupas e companhias de cartões de crédito para lançar uma nova linha de produtos chamada RED, para arrecadar fundos em favor da África e dos afetados pela aids, tuberculose e malária. O anúncio foi feito hoje durante os debates do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O emblema dos cartões da American Express, tradicionalmente verdes, se tornará vermelho, assim como a cor das lentes dos óculos de sol desenhadas por Armani e as primeiras camisetas do projeto que a loja GAP venderá. "Alguns amigos me disseram que estávamos aqui como vencedores na neve, mas acredito que somos perdedores porque estamos perdendo a luta contra a aids", disse Bono, que usava óculos de sol da nova linha de produtos. O cantor insistiu que esta não é uma causa típica de uma estrela de rock. É uma emergência porque a cada dia muitas pessoas morrem em virtude da aids e muitas outras são contaminadas na África. "Estamos perdendo a batalha pela sua atenção e eu não gosto de perder" disse ele. A África é a região do mundo mais afetada por essas doenças, que adquiriram um caráter pandêmico, e que, segundo especialistas, causarão a morte de 5 milhões de africanos este ano. Os consumidores do Reino Unido e Estados Unidos serão os primeiros que poderão contribuir com a campanha, no caso dos cartões de crédito, camisetas e tênis com motivos africanos que serão comercializados pela Converse, fabricante dos tênis All Star. Em meados deste ano os óculos desenhados por Giorgio Armani poderão ser adquiridos em todo o mundo. "O que me convenceu a fazer parte desta iniciativa é que se trata de uma nova forma de ajudar aos necessitados e que é algo que mostra que o comércio não tem uma conotação negativa e que serve para ajudar realmente" disse o estilista italiano. O dinheiro arrecadado pela iniciativa, a primeira do setor privado, será gerido pelo Fundo Global Para a Luta contra a Aids, dirigido por Richard Freachem, que assinalou: "Com RED não se faz caridade e sim colocamos em prática uma proposta de negócios com benefícios mútuos". Os idealizadores calculam que o Fundo irá receber aproximadamente 40% do preço que os fabricantes cobram dos vendedores por esses produtos, e que isso não terá repercussão alguma no bolso do consumidor. O projeto surgiu da iniciativa de Bono e Bobby Shriver, presidente de DATA (Debt, Aids, Trade and Africa), que afirmou que se trata de um programa no qual as empresas se comprometeram por cinco anos". "É uma ação a longo prazo planeja para ser sustentável. Os sócios de RED esperam ampliar sua base de consumidores e aumentar os lucros, tanto de sus empresas como os que irão para o Fundo Global", adicionou Shriver. Atualmente o setor privado contribui com os recursos deste Fundo com menos de 1% e os idealizadores desse projeto querem estender ao maior número possível de empresas. "RED é una idéia do século XXI", afirmou Bono, que também considerou surpreendente que empresas como estas estejam colocando sua criatividade e brilhantismo à serviço do Fundo Global Pela Luta Contra a Aids, considerada por ele como a maior crise sanitária do últimos 600 anos".

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