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Bob Geldof volta a alertar para fome na Etiópia

Ele promoveu há 18 anos a série de concertos simultâneos Live Aid, para recolher fundos a fim de combater a fome na Etiópia

Por Agencia Estado
Atualização:

Bob Geldof, que promoveu há 18 anos uma série de concertos simultâneos para recolher fundos a fim de combater a fome na Etiópia, criticou nesta terça-feira a União Européia (UE) por considerar que o bloco não está impedindo que se repita a tragédia no empobrecido país do Chifre da África. Em sua primeira visita oficial à Etiópia desde o flagelo de 1984, Geldof, um astro da música pop que se tornou em ativista social, afirmou que "o horror dos anos 80", durante o qual se estima terem morrido de inanição centenas de milhares de pessoas devido à guerra e à seca, poderá repetir-se agora a menos que a UE entre em ação. "A UE tem sido patética e atroz, e eu supus que havíamos resolvido isto há 20 anos, quando o eleitorado de nossos países disse nunca mais", disse o ex-membro do grupo irlandês The Boomtown Rats depois de reunir-se como o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, durante uma hora no primeiro dia de sua visita de cinco dias à Etiópia. Os concertos simultâneos de "Live Aid" em 13 de junho de 1985 no Estádio de Wembley, em Londres, e no Estádio JFK, em Filadélfia, renderam US$ 60 milhões para combater a fome. Um ano antes, Geldof e Midge Ure, vocalista do grupo Ultravox, escreveram juntos a letra de "Do They Know It´s Christmas?" ("Eles sabem que é Natal?"), uma canção gravada por 40 astros da música pop que vendeu mais de 3 milhões de discos e rendeu US$ 12 milhões para o fundo Band Aid para a Etiópia. Atualmente, mais de 12 milhões de pessoas - aproximadamente a quinta parte dos 65 milhões de etíopes - enfrentam o fantasma da fome devido a uma seca que se arrasta por dois anos. O custo de uma ajuda alimentar de emergência é estimado em US$ 800 milhões. Geldof disse que sua missão, organizada em parte pela Unicef, tem por finalidade "chamar a atenção" da cúpula de oito potências mundiais que começa no domingo em Evian, na França.

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