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Boate em SP abre escola de DJ

O clube Lov.e, o mais famoso templo da música eletrônica na cidade, lançou curso de 4 meses para quem quer aprender a pilotar picapes

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde ontem, o Lov.e já não é mais o mesmo - agora, além de casa noturna e agência de DJs, o clube mais moderno da cidade também virou escola. O professor fica nos mais bem-freqüentados picapes da cidade - já se apresentaram ali nomes como The Hacker, Miss Kittin, Afrika Bambaata. Os alunos, na pista mais cheia e badalada, que mistura de modernos a nomes bem conhecidos. Qual é a disciplina? Aula de DJ. A idéia foi anunciada no começo do ano, quando a casa noturna se juntou à Coordenadoria da Juventude da Prefeitura e começou a realizar o projeto Lov.e Por São Paulo, que arma mensalmente palestras e eventos em bairros da cidade onde a cena eletrônica não tem muito espaço, inclusive em bairros de periferia (onde há muitos aficionados do estilo). E agora o Lov.e finca a bandeira social nos seus próprios domínios - 50% dos alunos são bolsistas, escolhidos a partir de inscrições preenchidas na Techno Records e na Stuff Records. De 150, 10 ganharam vagas. Os não-bolsistas pagaram R$ 800, para os 4 meses de curso (às segundas ou às terças). "Os principais quesitos analisados foram renda e idade", revela Eli Iwasa, promoter da noite Technova de sexta, e braço direito de Flávia Ceccato, proprietária da casa. "Muitos dos inscritos tinham condições de pagar." Eli participou de toda a elaboração do conceito da escola, e adianta um pouco do que vai ser o curso. "Cada um terá uma apostila, e vamos ensinar noções básicas de mixagem - contar tempos, conhecer a estrutura da faixa..." Para ensinar tudo isso, a casa chamou os DJs Hum e Will. Além disso, a ONG Cidade Escola Aprendiz entra na história com aulas de aprimoramento da expressão oral, escrita e corporal, entre outros assuntos. E de bônus, o Lov.e está preparando uma vez por mês seminários com top DJs, como Renato Cohen e Xerxes. Cercado de nomes desse peso, a chance de chegar lá também é grande? Eli comenta: "Já ouvi gente falando coisas do tipo: ´vou ganhar estágio?´, ou ´vou tocar no Lov.e?´, mas não é essa a idéia." É quando Flávia interrompe e diz: "o que não elimina ter uma revelação e a gente trazer para a agência..." E ela aproveita para anunciar que a escola é apenas um dos vários projetos para a marca que construiu desde 1998, quando o Lov.e foi fundado. "Estamos com projeto de criar o Lov.e Land, um multiespaço que envolve loja, restaurante e restauração de móveis; lançar a revista ´In Lov.e´, e nossa primeira compilação de CDs."

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