Black Sabbath leva 70 mil pessoas ao Campo de Marte

Grupo fez viagem interplanetária pela história do rock

PUBLICIDADE

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

O show do Black Sabbath, banda pioneira do heavy metal, reuniu cerca de 70 mil pessoas no Campo de Marte, numa arena improvisada numa área de hangares no aeroporto local, na zona norte de São Paulo. Abrindo, como de hábito, com War Pigs, às 21h04, após um show protocolar do grupo Megadeth, a banda britânica colocou em cena 45 anos de rock frente a uma plateia entusiasmada.

PUBLICIDADE

"Deus abençoe todos vocês", disse o cantor Ozzy Osbourne, o Príncipe das Trevas do rock, tendo ao seu lado os impecáveis Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (baixo). Em seguida, com Into the Void, o grupo deu a senha para a sua viagem interplanetária pela história do rock - o local era bastante adequado, até um avião decolou sobre o palco no momento do show do Megadeth.

A chegada ao Campo de Marte não foi tão complicada, mas as quilométricas grades colocadas para disciplinar a entrada levaram à formação de gigantescas filas no local - muita gente só conseguiu entrar quando o show do Megadeth já tinha terminado. A Polícia Militar reprimiu com energia os camelôs, que não conseguiam instalar barracas para venda de souvenires na área vizinha ao Campo de Bagatelle. Os cambistas não tinham grande oferta de ingressos, que tinham preços, no câmbio negro, a partir de R$ 300.

O grupo de Birmingham foi seguindo rigorosamente o set list de suas apresentações da turnê Reunion, alternando coisas mais pesadas Snowblind e Under the Sun com algumas músicas do disco mais recente, 13 (como Age of Reason, um tanto mais cadenciada). O baterista, Tommy Clufetos, tocava sem camisa. "Agora vamos tocar uma música do nosso comecinho. Ela se chama Black Sabbath", disse Ozzy, e uma sonoplastia de temporal se ouviu, mas o tempo estava cristalino no Campo de Marte, e a plateia era de iniciados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.