PUBLICIDADE

Biohazard traz a São Paulo seu mix energético

Pioneira do cruzamento entre rap, heavy metal e hardcore, a banda mostra em primeira mão músicas de seu novo álbum, Uncivilization, que sai em junho

Por Agencia Estado
Atualização:

Quem for ao DirecTV Musical Hall nesta quarta-feira poderá ouvir em primeira mão algumas das novas músicas que os integrantes do Biohazard vêm forjando num estúdio do Brooklyn, em Nova York. Isso é o que garante o guitarrista e vocalista Billy Graziadei que, com o baixista e vocalista Evan Seinfield, o guitarrista Rob Echiverria e o baterista Danny Schuler, faz um crossover de heavy metal, punk e hip-hop destinado ao arraso de quarteirões. "Vamos tocar algumas faixas do disco novo que se chamará Uncivilization´´, informa o guitarrista, à frente da mesa de mixagem do tal estúdio em que trabalham o futuro registro que chega às lojas em junho. "Uncivilization está se tornando um trabalho poderoso e realmente energético, uma progressão do que fizemos em New World Disorder", diz ele, referindo-se ao disco mais recente lançado em 1999 e que trazia as participações especiais de Sticky Fingaz, rapper do Onyx, e Igor Cavalera, do Sepultura. "O Sepultura é uma das minhas bandas prediletas, tocar com Igor foi um grande prazer." O guitarrista cita ainda o Ratos de Porão como um dos que não saem de seu CD player. "O João Gordo é uma figura e o som dos Ratos é incrível." Esta é a terceira vez que o Biohazard toca no Brasil. Graziadei faz um gracejo. "Como estávamos ficando muito tempo trancados nesta chatice de estúdio, resolvemos tirar umas férias na América do Sul (leia-se uma miniturnê que passa pelo México, Chile e pela Argentina). Brincadeirinha, cara." Ele se apressa em explicar. "Adoro os países pelos quais passaremos na turnê. Essa pequena pausa é positiva. Apesar de estarmos nos divertindo muito nas gravações." Divertindo-se e trabalhando. Ele conta que pela primeira vez a banda grava um disco sem a presença de um produtor. "Escolhemos não ter ninguém nos atrapalhando, dizendo que caminho seguir. Gravar por conta própria é um trabalho árduo, porém, bastante prazeroso." Segundo ele, essa atitude faz com que todos os integrantes da banda estejam envolvidos diretamente no processo e atentos a tudo que acontece no quadrilátero do estúdio. Um dos pioneiros do cruzamento entre rap, heavy metal e hardcore, tão comum às bandas atuais do chamado nü-metal, o guitarrista vê com reservas a proliferação de grupos que apostam na fusão deliberada. "Às vezes eu ouço coisas inacreditáveis no rádio e na MTV e fico imaginando como uma gravadora pode investir tempo e dinheiro naqueles lixos todos´´, alfineta ele sem citar nomes. "Ainda bem que recebo muita coisa do cenário independente.´´ Biohazard - Nesta quarta-feira, às 21h30. R$ 35,00 e R$ 50,00. DirecTV Music Hall (Avenida dos Jamaris, 213, tel. 3177-3663); Patrocínio: Volkwagen e ElFoco

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.