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Ben Jor e Arnaldo Antunes, para dançar

Os dois artistas sobem ao palco do Espaço Dançante do Sesc Belenzinho, nesta sexta-feira, a preços relativamente populares

Por Agencia Estado
Atualização:

Um foi parar no estúdio de Carlinhos Brown, que fica em um bairro pobre de Salvador conhecido como Candeal, com a idéia de gravar um novo álbum influenciado pela música baiana. O outro fez recentemente um show no Rio de Janeiro para registrar um álbum ao vivo e acústico depois de 40 anos de carreira. Arnaldo Antunes e Jorge Ben Jor, de volta a São Paulo, são as atrações da noite desta sexta-feira no Sesc Belenzinho. Arnaldo Antunes será o primeiro a subir ao palco do Espaço Dançante. Artista essencialmente pop, como gosta de ser definido, leva o bom material que reúne em seu álbum Paradeiro, lançado no final de 2001. Logo na abertura, lança mão de canções novas como Essa Mulher, a canção tema Paradeiro, a versão que fez para Exagerado, de Cazuza, e o reggae Na Massa Mas a "massa" que comparecer ao local, que tem capacidade para receber até 1,5 mil pessoas, deverá ir mesmo atrás de Ben Jor. O carioca, filho de pai feirante e mãe etíope, que veio para o Rio de Janeiro morar em uma favela do bairro de Rio Comprido, não precisa mais fazer música nova para lotar as casas nas quais se apresenta. Ben Jor não encara um show a preços populares em São Paulo há um bom tempo. Na verdade, o que mais tem feito nos últimos meses é show para empresas, prática que pode até ser um mico para o artista, mas que não pode deixar de ser considerada como uma vistosa fonte de renda. No segundo semestre sai um novo disco de Ben Jor. Seu último álbum, Músicas Para Tocar em Elevador, é de 1997. Mas seu estouro comercial mais recente se deu em 1990, quando emplacou W/Brasil. De qualquer forma, ainda não será desta vez que sopros de criatividade sairão de seu repertório. Fora o caráter desplugado, tudo o que estará no novo disco já é de conhecimento público. Seu show, como seu álbum, não tem novidades. E é assim que tem funcionado há quase uma década. Sustentado pela emblemática Banda do Zé Pretinho, canta País Tropical, Que Maravilha, Taj Mahal, W/Brasil e tudo mais o que todo mundo está torto de ouvir. E, por algum motivo, não pára de dançar. Serviço: Arnaldo Antunes e Jorge Ben Jor. Sexta-feira, às 22h30. Espaço Dançante do Sesc Belenzinho (Av. Álvaro Ramos, 991. Tel. 6605-8143). Preço: R$ 20.

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