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B.B. King recebe de George W. Bush o maior prêmio dos EUA

O "Rei do Blues" fez no início do mês sua despedida dos palcos no Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O ídolo do blues B.B. King, 81, que acaba de voltar de uma turnê no Brasil, onde fez sua despedida dos palcos, o ex-dissidente soviético Natan Sharansky e o historiador David McCullough estavam entre os agraciados na sexta-feira com a Medalha da Liberdade, entregue pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Bush elogiou King por ter superado sua infância difícil no sul do país e se transformado em um dos maiores guitarristas e cantores de blues do mundo. King morava sozinho quando tinha 9 anos, e colhia algodão ganhando 35 centavos de dólar por dia, lembrou Bush. "Já se disse que, quando perguntaram a John Lennon qual era sua grande ambição, ele disse: ´Tocar guitarra como B.B. King"´, disse Bush. "Muitos músicos tiveram essa mesma meta, mas ninguém jamais conseguiu igualar sua habilidade, ou copiar o som do Rei do Blues." A Medalha da Liberdade é o maior prêmio dos Estados Unidos para civis. Numa cerimônia na Casa Branca, Bush também elogiou Sharansky - dizem que seus escritos sobre a democracia influenciaram o presidente -, chamando-o de uma pessoa que levou uma "vida de coragem e convicção". Sharansky nasceu na Ucrânia, numa família judaica, e foi acusado de traição pelos soviéticos, ficando dez anos preso. Mais tarde, ele emigrou para Israel, onde se tornou uma figura política de projeção por suas opiniões contundentes. O historiador McCullough destaca-se principalmente pelas biografias de Harry Truman e de John Adams, que escreveu. Também receberam a Medalha da Liberdade o ex-secretário dos Transportes Norman Mineta, o jogador de beisebol já morto John "Buck" O´Neil, o colunista William Safire, o cientista e Prêmio Nobel Joshua Lederberg, o historiador britânico Paul Johnson, o presidente da Universidade de Xavier Norman Francis e a ativista pró-alfabetização Ruth Colvin.

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