24 de setembro de 2015 | 16h11
Com um bom auxílio da sombra que o Palco Sunset jogava sobre o público na Cidade do Rock, na tarde desta quinta-feira, 24, a banda paulistana John Wayne começou o segundo fim de semana do Rock in Rio com seu metal acelerado e alto. Bem alto.
"Nós somos a periferia e estamos aqui representando o metal", disse o vocalista Fábio Figueiredo.
Com um par de guitarras obsceno e a voz rasgada e imenso carisma do vocal, o quinteto de Perus, zona norte de São Paulo, viu formar na sua frente o sonho de qualquer banda ligada ao rock n roll acelerado: uma roda de pogo, centenas de jovens se jogando uns nos outros.
A roda continuou em seguida, quando o Project46, também da capital paulista, subiu ao palco para mostrar o seu, segundo os próprios, "metal soco na cara".
Já com um séquito particular de fãs metal heads que cantou a letra toda de Erro+55 ("oh, pátria amada, idolatrada, será que seus filhos aprendem a lição?"), a banda levou seu rock pesado de protesto para bem acima do underground com a apresentação no Rock in Rio.
Na saída do show, não foi raro ver um ou outro metaleiro com o nariz sangrando.
PONTO ALTO DO SHOW: posicionamento crítico compartilhado entre as bandas, que dividiram o palco nas canções finais, foi um ponto alto do show.
PONTO BAIXO: Durante a apresentação do Project46, os agudos das guitarras produziam uma microfonia involuntária que incomodava os ouvidos dos fãs mais próximos ao palco.
CORO: Em mais de um momento, o público entoou um coro de xingamentos a presidente Dilma Rousseff.
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