Banda Ultrasound ressurge das cinzas após implosão nos anos 1990

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Por MIKE COLLETT-WHITE
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O rock-and-roll é cheio de fábulas morais - de excesso, rompimentos e oportunidades perdidas. A banda britânica indie Ultrasound, vendida como "a próxima coisa grande" nos anos 1990, mas que afundou sem deixar rastros depois de brigas, de notícias de infidelidade dentro da banda e de "diferenças criativas", representa bem uma dessas histórias. No caso do quinteto liderado por Andrew "Tiny" Wood, no entanto, a história talvez ainda tenha um final feliz. O Ultrasound acabou de lançar um segundo álbum, o "Play for Today", 13 anos depois de seu ambicioso CD duplo de estreia, "Everything Picture", que foi mal recebido, mas que as gravadoras brigaram para lançar. Desta vez, não há números de seis dígitos, nenhum voo para os Estados Unidos para beber vinho e dançar, nenhuma grande propaganda dos departamentos da gravadora A&R, cuja influência despencou com a chegada da Internet. Em vez disso, há um álbum com um único CD com 10 canções, que não chegou às paradas da Grã-Bretanha no lançamento no mês passado e com esperanças mais modestas para o futuro. "Seria legal se pudéssemos ganhar o bastante para fazermos isso", disse Wood durante uma entrevista recente em Durham, no norte da Inglaterra, perto de onde ele vive agora. "Tiny", que ao contrário do apelido em inglês pode sugerir não é pequeno, tem cantado em outras bandas e para tentar pagar as contas lava louças duas vezes por semana em Newcastle, enquanto o compositor principal da banda, Richard Green, é um entregador que trabalha por horas "ridículas". "Se pudermos ganhar o bastante para que cada um de nós fique confortável, isso seria ótimo. Não acho que se deveria ter mais", acrescentou Wood.

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