Assustado com a possibilidade de dormir no meio do show de Elton John no Rock in Rio? Ou de ser atropelado pelo trio elétrico humano de Claudinha Leitte? Pois seus problemas acabaram! O Caderno 2 faz aqui uma seleção de 5 nomes indie e eletrônicos que podem salvar o seu Rock in Rio. Porque festival é isso: é preciso garimpar, o biscoito fino muitas vezes tem de ser conquistado. Vamos aos grupos:Asteroids Galaxy Tour
O grupo nova-iorquino de electro pop Hercules and Love Affair promete compassos sutis e dançantes em meio à voltagem roqueira do festival. A banda é cria da DFA, gravadora do genial James Murphy e núcleo de uma vertente de produtores como Tim Goldsworthy, a dupla Hot Chip e o próprio LCD Soundsystem de Murphy, que vasculham e reconfiguram o passado da dance music, viajando do disco, ao house, ao techno, para produzir hits descolados. Ao vivo, conta com metais e cantores que dão vida aos beats do produtor Andy Butler (prodígio mais badalado de NY ao surgir em 2008 com o excelente primeiro disco, que leva o nome da banda). O Hercules and Love Affair toca no domingo (2/10), mas no sábado faz show em SP, na casa noturna Hot Hot.
O trio paulistano (formado pelos DJs e produtores Phillip A, Ali Disco B e Fatu) emergiu na cena nacional no Skol Beats de 2008. House, eletrônica indie e até funk carioca abastecem sua mistura. Em 2009, lançaram o single Gringo Oba Oba pelo selo americano DJs Are Not Rockstars, dos produtores Larry Tee e Alexander Technique. São mimos das festas da pauliceia, do Bar Secreto, Gloria, Pink Elephant e D-Edge. Já dividiram palco com astros como Justice, Digitalism e David Guetta.Buraka Som Sistema
No palco das parcerias, o excelente baile funk angolano do Buraka Som Sistema encontra o techno encardido do Mix Hell, pseudônimo de Igor Cavalera e sua mulher, Laima Leyton. A reação do encontro é imprevisível, pois o Buraka tem como força motriz o kuduro, ritmo cru dos guetos africanos. Já o Mix Hell tem ares de Daft Punk como o peso do Sepultura.
Dmitri from Paris
O DJ e produtor encerra a programação eletrônica do festival com o pulsar sólido do house francês que, mesmo com o som provavelmente abaixo do padrão, deve garantir o balanço em Jacarepaguá.The Growlers
Escalada por um fã, Marcelo Camelo, para tocar consigo, o grupo californiano faz uma música que tritura influências díspares, de ritmos africanos a música cigana húngara e zydeco do Sul dos EUA. Já abriram shows de Devendra, Vampire Weekend (com quem têm muito a ver), Julian Casablancas, entre outros. Têm aquele sabor da música mambembe de Captain Beefheart e Love.