
25 de junho de 2019 | 06h00
Amar ou odiar Michael Jackson parece ter se tornado uma questão de escolha entre duas narrativas que conseguiram polarizar o maior caso de idolatria do século 20. Aos que o amam: Michael Jackson colocou sozinho a música pop em patamares numéricos nunca atingidos; ergueu, com Quincy Jones, Thriller, o álbum artisticamente mais vitorioso da história; e, flutuando no palco, se tornou o artista mais completo de sua era.
Aos que o odeiam: denúncias de dois homens feitas no documentário Leaving Neverland apontam para prática de pedofilia nos anos 90. Jackson teria seduzido os então garotos Wade Robson e James Safechuck com todo o seu poder magnético de superastro e enganando inclusive suas mães para poder dormir com eles.
Michael Jackson, monstro?!
Denúncias contra Michael Jackson tiveram efeito e resultaram em diversas 'baixas' de produtos e espetáculos que, de forma ou outra, homenageavam o astro. Confira algumas:
Duas estações da Nova Zelândia retiraram o astro de sua programação. No Canadá, três estações de Montreal fizeram o mesmo.
A ideia de recriar o show que seria o último de Michael, com bailarinos de Michael e músicos convidados, foi enterrada.
Duas séries, uma documental e outra de ficção, adaptadas do livro Intocável: a estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson, do jornalista americano Randall Sullivan, foram descontinuadas.
A produção sobre os 50 anos do grupo caminhava até que o documentário Leaving Neverland surgiu.
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