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Apesar de shows irretocáveis, organização do 'Just a Fest' falha

Público enfrentou lama, filas e trânsito confuso para ver Radiohead e Kraftwerk na Chácara do Jockey

Por Daniel Lima
Atualização:

Apresentações pontuais, auxiliadas por um palco com boa iluminação e som irretocável. Atributos como esses, raros em grandes shows de rock no Brasil, salvaram o festival Just a Fest, na Chácara do Jockey, em São Paulo, de ficar marcado apenas pela série de problemas em sua organização que irritaram o público, que pagou R$ 200 (inteira) pelo ingresso.

 

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A primeira dificuldade enfrentada por muitos foi o acesso ao local das apresentações, a Chácara do Jockey, na zona sul da cidade. Algumas vias de acesso estavam em obras e a entrada não era bem sinalizada. Como resultado, era comum ouvir relatos de gente que demorou quase duas horas pra conseguir entrar.

 

Lá dentro, os obstáculos se multiplicavam: com o palco montado diante de um descampado coberto de grama, alguns pontos, afetados pelas chuvas dos últimos dias, eram verdadeiros atoleiros. Nos intervalos entre as apresentações, o desafio era enfrentar as filas nos bares e na praça de alimentação - antes do show do Radiohead, aliás, a tarefa de obter um dos lanches orçados a R$ 8 era hercúlea, já que não havia nem mesmo filas, apenas um embate corpo a corpo.

 

A luta continuaria mais tarde, após as 0h20, com o fim da apresentação do Radiohead. A estreita saída não conteve o público de 30 mil pessoas e atravancou. E quem não se arriscou em deixar o carro nas ruas próximas ao local, à mercê dos flanelinhas, e o guardou no estacionamento - ao custo de R$ 35 - ainda enfrentou mais dificuldades. A saída única em um estacionamento com vaga para três mil veículos provocou mais filas. "Teve gente abandonando o carro pra pegar no dia seguinte", diz o jornalista Guilherme Gaspar, que demorou cerca de 1h30 para sair do local.

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