'Respeito e liberdade" para o feminismo e para a comunidade LGBT é o que exige a estrela brasileira Anitta, que lança nesta sexta-feira, 5, o disco Kisses e que disse à EFE que o Brasil tem "um problema social" com o presidente Jair Bolsonaro, cujas opiniões polêmicas validam que "é normal ter preconceito".
"Pode ser, sim, que Bolsonaro seja bom para a economia. Pode ser, sim, que ele seja bom para áreas que o país necessita, economicamente falando e tal. Mas se temos um representante que expressa abertamente opiniões más sobre diferentes tipos de pessoas, de amor, de feminismo, isso faz com que as pessoas sintam que é normal ter preconceito", disse Anitta. "Para mim, o problema não é que ele tenha suas opiniões. Ele pode ser a pessoa que ele quiser ser, não tenho nada a ver com isso. O problema é que se pensarmos que nosso representante diz coisas que deixam as pessoas tranquilas para tratar os outros dessa maneira, aí temos um problema social", completou Anitta.
Anitta, que nasceu no Rio de Janeiro em 1993, admitiu que a política não é o seu forte ("não serei a pessoa que se senta com você e que sabe falar sobre economia e sobre o resto do país", disse), mas afirmou que o Brasil deve progredir e avançar "sem importar quem seja o presidente". "Precisamos querer que nosso país evolua, sempre, mas também temos de ser fortes na ideia de que queremos respeito, independentemente do que aconteça, e que queremos liberdade para ser o que quisermos ser. E agora".