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Aldir Blanc lança o disco "Vida Noturna"

Boleros e sambas-canções, inéditos ou pouco conhecidos, recheiam seu terceiro CD, que só foi gravado por insistência dos amigos e das filhos do compositor

Por Agencia Estado
Atualização:

Com quase 40 anos de carreira e dezenas de hits, só agora o compositor Aldir Blanc lança seu terceiro disco, Vida Noturna, onde interpreta boleros e sambas-canção recentes e antigos. Antes de se fale em discrepâncias do mercado fonográfico, é bom esclarecer que essa lacuna acontece por vontade do próprio artista, que reluta em registrar suas músicas, talvez por ter sempre os maiores intérpretes disputando-as. Foi assim no fim dos anos 60, com Amigo É pra Essas Coisas (gravada pelo PMB-4), continuou com Elis Regina nos anos 70 (que registrou clássicos de sua parceria com João Bosco) e permanece até hoje com Nana Caymmi, Leila Pinheiro e outras. Vida Noturna só saiu por insistência dos amigos e das quatro filhas (Mariana, Bel, Tatiana e Patrícia, dele e de sua mulher, Mary, mas tão integradas que se sentem irmãs de sangue). "Elas não se conformavam com tantas músicas inéditas. Algumas não tinham qualquer registro da letra ou da melodia. Se eu me esquecesse delas, se perderiam", explica Aldir. "Então, resolvi gravar algumas, com a participação de cada parceiro. Foi rápido porque o João Lyra (violonista) e o Cristóvão Bastos (piano) ajeitaram tudo para que eu gravasse como gosto. Sem voz guia e direto, com todo mundo tocando junto no estúdio." Embora tenha registrado alguns hits (ou quase), como Vida Noturna e Me Dá a Penúltima (com João Bosco tocando violão e cantando) e Resposta ao Tempo (com Cristóvão Bastos, que só toca piano), Aldir privilegiou músicas pouco conhecidas ou inéditas. Flores de Lapela, parceria com Maurício Tapajós, estava guardada há muitos anos. Paquetá, Dezembro de 56, só dele também é do fundo do baú. Mas esse retraimento não significa que teremos de esperar mais dez anos por um novo disco de Aldir. "Tenho muita música inédita, com os parceiros antigos e os novos, como Wilson das Neves, Procópio da Portela e Elton Medeiros. Acho até que dá para um disco de samba em breve."

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