Al Jarreau se recupera e agenda show na França

Empresário diz que cantor vai cantar em Nuremburg; músico, de 70 anos, passou mal e foi internado ontem

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Por Redação
Atualização:

Jotabê Medeiros

 

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SÃO PAULO - O empresário de Al Jarreau, Joe Gordon, mandou colocar nesta sexta, 23, em seu site uma mensagem dizendo que o cantor está bem e se recuperando rapidamente. Jarreau, de 70 anos, Grammy de 1981 e um dos mais populares cantores americanos, passou mal ontem pouco antes de um concerto de sua turnê nos Alpes franceses, em Barcelonette, sendo internado às pressas na cidade de Gap, França. Seu agente, Joe Gordon, disse que o cantor, ainda consciente, dizia que tudo que o preocupava era perder algum concerto. "Ele só cancelou um show por motivo de saúde em toda a carreira", disse Gordon.

 

Gordon também informou que cancelou os concertos de Barcelonette, na França, e Osnabruck e Braunschweig (Alemanha) e Qabala (Azerbaijão). Disse que o cantor já está pedindo para experimentar pratos locais no hospital e o que fez o artista passar mal foi a "altitude da montanha" e que tomou medidas preventivas para se recuperar, como descanso. "Al gostaria de agradecer imensamente a oportunidade que tem tido de dividir sua música e alegria com seus fãs ao redor do mundo, e planeja descansar alguns dias, e então continuar sua excelente aventura na próxima quinta no concerto de Nuremburg".

 

Chansonier - Em 1985, a pergunta mais frequente entre aqueles que se preparavam para o primeiro megafestival de rock no Brasil, a primeira edição do Rock in Rio, era: quem colocara o jazzista Al Jarreau ali no meio de Iron Maiden, Whitesnake, Yes, AC/DC, Nina Hagen, Ozzy Osbourne e Queen? Passados 25 anos, no entanto, difícil hoje é encontrar alguém que tenha alguma reclamação contra a apresentação do velho chansonier.

 

Único cantor na História a ganhar prêmios Grammy em três diferentes categorias (jazz, pop e R&B), Al Jarreau sempre foi um entertainer de primeira, um domador de plateias. Nasceu em Milwaukee, Wisconsin, em 12 de março de 1940. Seu nome real é Alwyn Lopez Jarreau, filho de um pastor que aprendeu a cantar no coral da igreja, como muitos dos seus colegas da tradição vocal americana.

 

Jarreau sempre adorou Tom Jobim. Em 1997, subiu ao palco do Carnegie Hall para tributo à música Jobim, ao lado de Sting, Leila Pinheiro, César Camargo Mariano e Quinteto, além do pianista russo Eugene Maslov e do saxofonista Joe Lovano, entre outros. No mesmo ano, esteve no Heineken Concerts Festival, no Brasil, cantando com Lokua Kanza e Djavan.

 

"Tudo o que nós sempre tentamos fazer é dar o melhor de nós mesmos", disse o cantor, emocionado, ao ganhar o prêmio de Melhor Cantor em 1981, na festa do 24º Grammy. Formado em psicologia, Al Jarreau tentou carreira como assistente social, bem antes de se lançar como músico. Mas o negócio dele era mesmo cantar. Jarreau mudou para Los Angeles e passou pela via crúcis dos clubes noturnos para ganhar uns trocados. Gravou seu primeiro elepê em meados dos anos 1960, que não aconteceu.

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Após gravar com a Reprise Records, Jarreau ressurgiu em 1975 com We Got By, e seu estilo vocal acabou sendo comparado aos de Billy Eckstine e Johnny Mathis. Em 1976, lançou Glow, mas o grande sucesso comercial foi no ano seginte, com Look to the Rainbow, álbum duplo que alcançou o Top 50 nos Estados Unidos. Em 1981, com Breakin' Away, ele chegou ao Top Ten, emplacando um par de hits nas paradas (We're in This Love Together e a faixa-título). Com Nile Rodgers, o mágico produtor e músico do Chic!, ele fez o álbum Is For Lover, e em seguida gravou o tema do programa de TV Moonlighting. O sucesso continuou forte com os álbums Heaven and Earth (1992) e Tenderness (1994).

 

Givin' It Up, gravado com George Benson e lançado em 2006, foi indicado para três Grammy Awards - cada um deles por uma canção diferente. Em 2008, lançou um disco de Natal muito celebrado.

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