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Advogados do caso Jackson prontos para fase final

Novas provas serão apresentadas ao júri, que pode se retirar para deliberar ainda esta semana, na etapa final do julgamento do cantor Veja Galeria

Por Agencia Estado
Atualização:

A defesa de Michael Jackson, acusado de abuso sexual de um menor, se prepara para o embate final com a promotoria no julgamento que será retomado nesta terça-feira. A qualquer momento os jurados podem se retirar para deliberar seu veredicto. Por causa do feriado do "Memorial Day", celebrado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, o juiz, os promotores e a equipe de advogados de defesa só retornarão à corte nesta terça-feira, quando voltarão a discutir as provas que serão apresentadas ao júri. A expectativa é de que o chefe da promotoria, Tom Sneddon, e o da defesa, Thomas Mesereau Jr., discutam a credibilidade do acusador (hoje com 15 anos) e de seu irmão caçula, únicos presentes - além do acusado, o astro Michael Jackson - no suposto abuso sexual. A defesa afirma que há inconsistências no depoimento dos dois adolescentes e inclusive atacou a mãe, retratando-a como uma golpista que treinou os filhos a mentir com a intenção de extorquir Jackson. A promotoria, por sua vez, apresentou Jackson como um predador sexual com um longo histórico de abuso de menores com idades entre 8 e 13 anos, e de exibir material pornográfico às suas vítimas para convencê-las a fazer sexo. O depoimento de testemunhas e a apresentação de provas se encerraram na sexta-feira, depois que o júri assistiu a um vídeo da polícia sobre o interrogatório da suposta vítima. Na gravação, o jovem aparece chorando enquanto explica, com riqueza de detalhes, como Jackson abusou sexualmente dele em cinco ocasiões no rancho Neverland, propriedade do cantor na Califórnia. Em um trecho do vídeo, o jovem que se recuperou de um câncer descreveu como Jackson lhe forneceu bebidas alcoólicas e lhe falava de sexo para finalmente masturbá-lo. Jackson se declara inocente das 10 acusações apresentadas contra ele, entre elas a de abuso sexual do menor, de dar a ele vinho para seduzi-lo e de conspirar para mantê-lo preso no rancho Neverland junto com sua família. A polícia começou a investigar o cantor depois que, em fevereiro de 2003, foi exibido um documentário britânico no qual Jackson revelou o gosto por partilhar a cama com meninos. De mãos dadas com ele aparece o menor que hoje o acusa de abuso sexual. Os acusadores de Jackson afirmam que seus assessores temiam que o documentário pudesse afetar sua carreira, já comprometida, motivo pelo qual teriam forçado a família do menor a negar tudo o que ocorreu, seqüestrando-a e tramando sua viagem ao Brasil. A defesa ridicularizou a acusação, destacando que a família tinha liberdade para entrar e sair rancho Neverland durante o período do suposto aprisionamento.

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