'A minha história é secundária', diz o músico Geraldo Vandré

O recluso compositor, que acaba de ter sua história contada em 'Uma Canção Interrompida', fala ao 'Estado' sobre a biografia não autorizada

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Por Julio Maria
Atualização:

Geraldo Vandré atendeu o telefone. Ouviu a introdução do repórter em silêncio, perguntou seu sobrenome três vezes durante a conversa, mas falou.

Vandré, em1967. Na ditadura, fugiu do Brasil após 'Pra Não Dizer que Não Falei das Flores' ganhar Foto: Acervo Estadão

Sabe que uma biografia foi lançada sobre o senhor? Alguém me disse alguma coisa, mas não sei muito sobre isso.

O senhor não vai ler? Vou, mas não tenho muita pressa. Estou no Rio e só vou para São Paulo em um mês.

O senhor entraria na Justiça contra o biógrafo? Vou pensar. É algo que implica no direito da personalidade.

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Da privacidade, o senhor quer dizer? Não, da personalidade artística. É uma exploração indevida. Minha personalidade artística pertence a mim.

Mas o livro parece sério, apurado. E não está sendo vendido. Mesmo assim, é uma exploração. Existe uma questão comercial aí.

Não acredita que o povo precisa conhecer sua história? Minha história é secundária. E esse conceito de povo é muito genérico

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