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Pele sobre pele

Quais são as principais diferenças entre a cútis de homens e mulheres? A revista Moda investiga

Por Renata Piza
Atualização:
Entre ganhos e perdas de cada gênero, uma coisa é certa: cuidar da pele é fundamental Foto: Revista MODA

De longe todo mundo parece igual. Mas há bem mais entre as peles masculinas e femininas do que dermes e epidermes. “A masculina é mais espessa e resistente e tem uma quantidade maior de oleosidade”, explica a dermatologista Adriana Leite. Do outro lado, mulheres tendem a sentir mais ressecamento e perdem colágeno abruptamente, o que resulta em linhas de expressão e rugas mais cedo. Entre ganhos e perdas de cada gênero, uma coisa é certa: cuidar da pele é fundamental. E, por que não, pode até se transformar em ritual de casal. 

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Elas

Envelhecimento: A perda da vivacidade tem relação direta com a queda do estrogênio. “A gente perde, a partir dos 30 anos, cerca de 1% de colágeno ao ano. E isso cai abruptamente na menopausa – entre 50 e 70 anos, a pele fica 20% mais fina e, consequentemente, mais propícia a linhas e rugas de expressão”, diz Adriana Leite. 

Manchas: Melasmas são mais predominantes em mulheres – e no rosto. Apenas 10% dos homens passam pelo problema. Além da exposição solar, entram aqui alterações hormonais, que podem ser provocadas pelo uso de anticoncepcionais e gravidez. Adendo: algumas doenças, como as da tireoide, podem favorecer o aparecimento independentemente do gênero. 

Oleosidade: Varia de genética para genética. Quem tem mais tendência à oleosidade na zona T, vai ter pelo resto da vida, mesmo que ela diminua com o tempo – mais idade é igual a pele mais seca. 

Sensibilização: A queda do estrogênio faz com que a pele fique bem ressecada, o que a torna reativa. “É aquela pele que fica vermelha e com ardência só de você passar a mão.” Pequenas quantidades de ativos, mesmo de vitamina C, podem causar desconforto. “Ela precisa de muita água e reposição lipídica.” Portanto, perca o receio de usar óleos e elimine sabões e tônicos com álcool.

Eles

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Envelhecimento: “A pele masculina tem cerca de 20% a mais de espessura, portanto, ela vai relevar essa perda de sustentação mais tardiamente”, afirma Adriana Leite. No começo, os sinais tendem a se concentrar na região dos sulcos e ao redor dos olhos. “Por isso, o aspecto de cansaço com as projeções de bolsas de gordura.”

Manchas: Como eles ainda costumam ter menos hábitos de proteção solar e de hidratação, acabam apresentando mais melanoses e queratoses. E também grandes áreas de ressecamento: “é comum ter xerose nos braços e terço inferior das pernas”. 

Oleosidade: A testosterona mais elevada contribuiu para a oleosidade. “A produção sebácea costuma ser o dobro da feminina”, ressalta a dermatologista. “E essa oleosidade, se não higienizada de forma correta, pode levar ao surgimento de cravos e, secundariamente, da acne”.

Sensibilização: Tanto lâminas quanto máquinas de barbear promovem um atrito constante contra a pele. “A situação piora se a barba for feita diariamente e de forma inadequada, sem espuma ou gel.” Resultado: eles tendem a ter mais foliculites. “É uma pele mais sensível e reativa no decorrer da vida.”

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