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Pele ganhou protagonismo nos looks das celebridades do baile do Met

Diferentemente de premiações como o Oscar e o Grammy, o baile do Met é uma grande celebração do mundo da moda em si, e isso faz com que os looks sejam além de especiais e bem pensados, um espaço para lançamento de tendências

Por Alice Ferraz
Atualização:

O Met Gala é um dos eventos mais esperados por fashionistas ao redor do mundo, que acompanham tudo pelas telas de seus celulares e computadores, ávidos para ver os looks das celebridades e estilistas que vão subir as escadarias do Metropolitan Museum de Nova York. Diferentemente de premiações como o Oscar e o Grammy, o baile do Met é uma grande celebração do mundo da moda em si, e isso faz com que os looks sejam além de especiais e bem pensados, um espaço para lançamento de tendências. 

Festa de gala do Metropolitan revelou tendências Foto: Mike Coppola, Ron Galella, Silver Screen Collection, Getty images e Angela Weiss/AFP

O evento tem viés beneficente, marca a abertura da exposição anual de moda do museu e a cada ano segue um tema específico ao qual os convidados são incentivados a seguir. Já que o famoso baile de gala não pôde acontecer no ano passado – uma entre as inúmeras consequências da pandemia –, a festa, que tradicionalmente ocorre na primeira segunda-feira do mês de maio, chegou mais tarde, mas com ainda mais força este mês. O tema escolhido foi “América: Um Léxico da Moda”, uma celebração do trabalho e da história da indústria no país.  O evento descortinou a tendência máxima que certamente será traduzida por marcas nacionais e que pode ser reduzida a uma palavra: nudez. O desejo por exposição soa como uma resposta ao tempo de restrição – mostrar o corpo coloca o ser humano no centro de tudo novamente. É como se na moda estivéssemos vivendo uma Renascença, e assim como a Vênus de Botticelli e o Davi de Michelangelo se vestiram de nudez em um período de nova vida, vemos a pele voltar a ganhar destaque durante o nosso retorno a um mundo que começa a se desenhar como pós-pandemia.  Diferentemente do que muitos podem acreditar, estar nu não significa necessariamente evocar sexualidade e vimos isso no Met Gala. A modelo Kendall Jenner se inspirou em um vestido de Audrey Hepburn, que foi recriado pela Givenchy em tule transparente com aplicação de cristais. Com tudo tão à mostra, o make veio leve e em tons claros, sem exageros, e o cabelo preso em um coque. Menos voluptuoso, o look sai de um lugar sexual para se tornar etéreo e delicado. Mais coberta, a também modelo Kaia Gerber, filha de Cindy Crawford, homenageou Bianca Jagger e recriou um de seus modelitos. O vestido preto estruturado veio acompanhado de um quê do glamour hollywoodiano, mas chega com uma diferença muito significativa quando comparado ao original. O trabalho no bustiê aparece com recortes que mostram mais pele. Sem alças e com um decote muito baixo, o modelo foi usado sem colares, brincos ou pulseiras muito grandes, apenas com um relógio e um anel delicado, o que cria uma espécie de imagem em que a nudez passa despercebida.  Vestidas, porém nuas, as celebridades que estiveram no Met Gala na última segunda-feira reforçam uma tendência que já pôde ser observada na Semana de Moda de Nova York e que tem potencial para atrair a atenção em desfiles das próximas semanas de moda em Londres, Milão e Paris. 

Emily Blunt:vestido-coluna assinado pela grife Miu Miu deixa muito do corpo exposto, mas chega com uma capa que traz ares etéreos e doces Foto: Mike Copolla/AFP
Irina Shayk:Diferente das convidadas que apostaram na ilus?o nude acompanhada por cristais, a modelo optou por flores coloridas no vestido Moschino Foto: Evan Agostini/AP
Zoë Kravitz:alogomania vestia a nudez da atriz que com uma malha de cristais desenhava seu corpo de Yves Saint Laurent Foto: Justin Lane/EFE
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