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O mapa humanizado

Estava ela, então, em sua primeira missão nessa nova fase do jogo: contratar o melhor time para ganhar a próxima posição

Por Alice Ferraz
Atualização:

Entrevistar pessoas se tornou uma atividade reveladora. Em meio a um novo momento da empresa, ela teria que contratar dezenas de novos parceiros para conseguir compor seu novo quadro de colaboradores. 

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O prazo era de um mês para finalizar a “operação”, que agora era chamada assim por se parecer mais com uma batalha a ser vencida no campo da “guerra” pelos melhores profissionais. 

Seu plano de ação era baseado no “mapa de ataque” das empresas com relação ao mercado, chamado pelos executivos do nosso tempo de “Business Plan”. Tudo desenhado e meticulosamente estudado à exaustão por meses. Cada movimento traçado tinha sido desenhado, o futuro escrito e validado por experts do segmento. À líder cabia “apenas” executar – quão difícil poderia ser? 

Fez uma promessa pessoal interna de não fazer perguntas sobre missão de vida, histórias pessoais e signo Foto: Juliana Azevedo

Estava ela, então, em sua primeira missão nessa nova fase do jogo: contratar o melhor time para ganhar a próxima posição. Mapa e indicadores em mãos, ela traçou o plano, quatro entrevistas por dia de 20 minutos seriam suficientes. 

Foco! E assim começaram as sessões, colocando em mente que seria necessário todo seu lado masculino orientado por resultados para ter o melhor rendimento. Fez uma promessa pessoal interna de não fazer perguntas sobre missão de vida, histórias pessoais e signos.

Primeiro candidato: os olhos sorridentes por trás da máscara davam sinais de que seu plano cartesiano iria por água abaixo.

A sua frente em vez de apenas um candidato ao trabalho e seu discurso profissional sobre rentabilidade, ela enxergava um jovem noivo, determinado a prover o melhor na construção de um futuro em família e contribuir para uma sociedade mais justa. O signo, touro.

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As intensas cores humanas mostraram a ela como transformar a difícil tarefa de contratar para a batalha em uma conversa de encontros, visões e caminhos. A líder mulher, apavorada pelo seu próprio olhar feminino e intuitivo, abraçava novamente as possibilidades de percepção. 

Seguiu para as próximas entrevistas com seus instintos validados, determinada a encontrar os parceiros certos e fazer com que o mapa ganhe vida fora do papel. 

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