Por qualquer ângulo que se olhe, de qualquer lugar do nosso planeta, abril exige mudanças urgentes. No nosso caso, com este novo projeto em mãos, não foi diferente. A revista sobre moda, que durante tanto tempo eu tinha idealizado, foi drasticamente posta à prova e se desintegrou em poucas horas de reflexão. A Moda e a própria moda estão em processo de transformação como tudo na Terra.
Tivemos de partir do zero e, dando o primeiro passo, o “mar se abriu”, como se, sem um espelho para onde olhar, eu e minha tão nova equipe pudéssemos realizar algo realmente novo e, depois de atravessar, ver aonde iríamos chegar. E chegamos. Um processo que poderia nos parecer caótico, mas que tinha a força da criação ao seu lado, o foco de mostrar uma nova moda e um novo jeito de pensá-la.
Chegamos com Rony Meisler e sua moda cheia de vida (ou seria vida cheia de moda?). Chegamos com a artista plástica Paula Costa e sua sintonia fina que traduz o sentimento do mundo em obras de arte e que criou essa linda intervenção na nossa capa. Chegamos com a visão do rabino Nilton Bonder e do filósofo Mario Sergio Cortella – sim, a moda como comportamento nos pedia cenários e nossos pensadores desenharam suas visões para esse futuro próximo.
Nossa revista chegou com uma Moda embalada em arte, conhecimento e beleza.