Dancing with myself

Do balé ao funk, passando pela playlist do dia, as mulheres redescobrem a dança como fonte de bem-estar e amor-próprio

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Por Renata Piza
Atualização:

Não se trata de calorias perdidas, embora, caso você já esteja se remexendo por dentro, uma aula de balé fitness leve embora cerca de 750 delas.“Dançar é uma forma de amar”, dizia a coreógrafa alemã Pina Bausch (1940-2009). E é em busca desse sentimento muitas vezes perdido, outras tantas negligenciado, que muitas mulheres têm voltado ou estreiado em salas de dança.

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“Para mim, se trata de trabalhar minha alegria, minha alma”, diz a empresária Maria Elisa Figueiredo Nunes, que neste ano, aos 60, decidiu se reencontrar com sua faceta “super star”, depois de depois de passar pelo luto da mãe, do irmão e de duas grandes amigas, em um período de um ano. “Sempre fui muito animada, e estava ficando uma pessoa triste, chorava sem conseguir controlar. A dança me reenergiza, é um lugar onde posso ser o que sou, o que estiver sentido, um lugar onde posso me sentir a Madonna. E isso, para mim, funciona como uma meditação, é uma superterapia.” 

À frente do corpo artístico e sócia do estúdio Anacã, em São Paulo, onde Maria Elisa faz suas aulas de walk dance, Helô Gouvêa acredita que “a cabeça e o corpo feminino se tornam outros” com a ajuda da dança. “Ela traz e desenvolve equilíbrio e inteligência emocional, faz com que a mulher se relacione e se comunique melhor com o seu corpo, veja que ela comanda o próprio corpo- e essa é uma relação importantíssima, porque a gente vai perdendo esse contato com a nossa essência ao se tornar mãe, mulher, profissional.

Não se trata de calorias perdidas, embora, caso você já esteja se remexendo por dentro, uma aula de balé fitness leve embora cerca de 750 delas Foto: Diego Belop

Antropóloga, Valéria Brandini nos ajuda a entender essa potência que existe no movimento corporal, muito além do enrijecimento dos músculos, do bumbum durinho, da postura de bailarina: “O corpo é a mídia primária e a melhor que existe, porque ele veicula, e permite a relação do ser humano com o mundo.E na dança, a mulher resgata essa corporeidade e consegue manifestar através dos movimentos sensualidade, alegria, tristeza...”.

Até libido – seja ou não em uma sessão de funk. Na unidade dos Jardins do Anacã, 40% das alunas têm 40 anos ou mais e muitas vezes acabam se reconectando também com a própria sexualidade. “Muitas contam que os relacionamentos, inclusive, melhoraram depois que elas começaram a dançar”, diz Ana Maria Diniz, sócia-fundadora da escola e adepta dos passos ritmados há 56 anos, desde os 4. “Dançar é uma forma de perceber o seu ritmo e o ritmo do outro, de ter mais paciência, de ficar mais íntima e próxima de você mesma”, completa Helô.

Onde praticar 

Estúdio Anacã Corpo e Movimento  @estudioanaca Tel.: (11) 3052-0763 Av. Brasil, 649, São Paulo, SP estudioanaca.com.br

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Danças culturais (flamenco/ventre), danças de salão, técnicas (como balé e jazz musical), urbanas, fitness e práticas voltadas ao bem-estar estão entre as opções oferecidas 

Ballet Fitness by Betina Dantas  @balletfitness Tel.: (11) 94100-7236 Rua Santa Justina, 557, São Paulo, SP balletfitness.com.br

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