Um novembro como nenhum outro seria o título que eu daria para este mês.
Olhando para nosso ano, as incertezas e dores pelas quais passamos, novembro chega diferente, sem ainda estar “embrulhado” como deveria, com cara de final de ano e o laço vermelho tradicional do começo das festas.
Neste novembro, do ano em que fomos “roubados” da liberdade de ir e vir e da liberdade do contato físico, queremos sol, cor, natureza e, principalmente, liberdade. Em meio à tristeza e à dor, mas também em meio à redescoberta do nosso Brasil onde estamos há meses confinados, surge um amor pelo que é nacional, regional, artesanal. Pela nossa cultura, nosso olhar único construído por história, arte, música e moda.
Aqui, na Revista Moda, ao nos debruçarmos para encontrar um símbolo que abraçasse este momento no Brasil, Ney Matogrosso surgiu. Suave Ney, discreto Ney, livre e transgressor Ney. Nasceu em Mato Grosso e talvez por isso traga à flor da pele a força da natureza pulsante da nossa floresta tropical amazônica. Ney foi genderless antes de o termo existir e é símbolo absoluto de liberdade, na música, na dança, na voz e, claro, na Moda.