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Sean Connery lança biografia e diz que ainda tem muito a fazer

Ator comemorou seu 78.º aniversário comparecendo ao Festival Internacional do Livro de Edimburgo

Por Ian Mackenzie e da Reuters
Atualização:

O ator ícone Sean Connery pode ter parado de fazer filmes, mas acha que alguma coisa nova ainda está à sua espera dele. Connery comemorou seu 78.º aniversário comparecendo ao último dia do Festival Internacional do Livro de Edimburgo, nesta segunda-feira, 25, para lançar sua longamente aguardada biografia, Being a Scot (Ser Escocês). Em debate aberto com o público de quase 600 pessoas que lotou o recinto, alguém perguntou a Connery se ele já realizou tudo o que queria. "Acho que não", ele respondeu. "Desde que parei de fazer filmes, ingressei num ciclo diferente. Mas a tenho a impressão de que há alguma coisa se preparando. Ainda não sei o que será." A seu lado no palco estava o cineasta escocês Murray Grigor, que colaborou com Connery no livro. Grigor disse que eles buscaram um tom "irreverente". Sean Connery é considerado o ator que definiu no cinema o papel do agente secreto James Bond, criado por Ian Fleming, desde que primeiro o representou, em 1962, em 007 Contra o Satânico Dr. No. Alguém perguntou a ele o que lhe proporcionara sua primeira vantagem na vida. "Depois de 70 anos, entendi que minha primeira grande vantagem na vida foi conquistada aos 5 anos de idade: aprendi a ler e escrever", disse ele. Nacionalista escocês acirrado, Connery jurou que não voltará a viver em sua terra natal enquanto ela não for independente. Indagado se, após os sucessos britânicos em Pequim, deveria ser criada uma equipe olímpica escocesa, ele respondeu: "A Escócia deve ser independente, sempre". Connery abre Being a Scot falando de sua infância, nos anos 1930, no bairro industrial pobre de Fountainhead, em Edimburgo. Ele escreve sobre a escola, seu amor pelo futebol e seu primeiro emprego, como entregador de leite numa carroça puxada por um cavalo. Um dos lugares aos quais entregava leite era o colégio particular de elite Fettes College, onde mais tarde iria estudar o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. "Isso mostra que a escola também formou alguns fracassados", ele brincou. Louco por futebol, Connery disse que, quando filmava o musical South Pacific, chegou a ser convidado para jogar no Manchester United. Mas um amigo o convenceu a não aceitar. O amigo comentou que a carreira de um jogador de futebol dura pouco e que não há garantias de que ele faça parte do primeiro time. Já o trabalho de ator poderia render uma carreira para toda a vida. Connery optou por ser ator. Em 2006, o diretor norte-americano Steven Spielberg disse que Sean Connery era um dos sete legítimos astros do cinema do mundo na época. Indagado se tinha alguma favorita entre todas as Bond girls, Connery, sob o olhar de sua esposa, que estava na platéia, respondeu: "Na realidade, não." Dois diretores dos quais ele guarda recordações especialmente boas são John Huston e Alfred Hitchcock.  

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