Rumsfeld lança autobiografia em que defende guerra no Iraque

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Por Redação
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O ex-secretário da Defesa dos Estados Unidos Donald Rumsfeld conclui, em sua nova autobiografia, que a guerra no Iraque justificou seu custo. Ele não deu mostras de lamentar o tratamento que deu ao conflito, informou o Washington Post. Se o governo de Saddam Hussein tivesse continuado no poder, o Oriente Médio seria um lugar "muito mais perigoso do que é hoje", escreveu Rumsfeld em sua autobiografia de 800 páginas, que deve chegar às livrarias na terça-feira. Rumsfeld e outras autoridades norte-americanas citaram a ameaça das armas iraquianas de destruição em massa como justificativa da invasão liderada pelos EUA em 2003. Nunca foram encontradas no país armas de destruição em massa. O ex-chefe da Defesa dos EUA foi um dos principais arquitetos da guerra do Iraque. Ele foi demitido pelo presidente George W. Bush em 2006, quando as tropas norte-americanas estavam atoladas no conflito, depois de 3,5 anos de combates no Iraque. O livro de Rumsfeld, "Known and Unknown" - um exemplar do qual chegou às mãos do The Washington Post -, cobre a vida inteira do ex-secretário da Defesa, mas mais da metade trata dos seis anos que ele passou como chefe da Defesa de Bush. Manifestando-se em público pela primeira vez desde que deixou o cargo, Rumsfeld oferece uma explicação contundente de suas ideias e ações relativas à guerra. Ele está colocando em seu site (www.rumsfeld.com) muitos documentos antes classificados ou particulares, informou o jornal. Boa parte da explicação dada por Rumsfeld do que deu errado no primeiro e crucial ano da ocupação do Iraque trata do fato de a administração da transição política pós-guerra não ter sido adequadamente discutida antes da guerra, quando o Departamento de Estado e o Pentágono tinham posições muito diferentes, segundo o jornal. (Reportagem de JoAnne Allen)

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