O moçambicano Mia Couto, Prêmio Camões de 2013 e um dos escritores africanos mais queridos dos leitores brasileiros, está em São Paulo para o lançamento de Sombras da Água, romance histórico que continua a saga iniciada em 2015 com Mulheres de Cinzas.
A história se passa à época em que o sul de Moçambique era dominado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza, no fim do século 19. Alternando as vozes da africana Imani e do sargento português Germano de Melo, o autor apresenta duas visões de mundo muito diferentes, mas interligadas na trama.
Mia Couto autografa a obra nesta quarta-feira, 28, a partir das 20 horas, no Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141), em grande evento que vai comemorar os 30 anos da Companhia das Letras e celebrar um de seus principais autores.
Mas o escritor não estará sozinho no palco. Ao lado dele, o escritor Julián Fuks e as cantoras Fabiana Cozza e Lenna Bahule, convidados para ler trechos selecionados de seu novo livro. O encontro terá mediação pelo editor Luiz Schwarcz e os ingressos deverão ser retirados na rede Sesc, hoje, a partir das 14 horas – eles estão limitados a dois por pessoa.
Nascido em Beira, em 1955, Mia Couto é formado em biologia e ainda atua na profissão. Paralelamente a isso, desenvolveu sua carreira literária que, ao longo dos anos, o transformou em uma das principais vozes da literatura africana. Seu romance Terra Sonâmbula é considerado um dos 10 melhores livros africanos do século 20. Destaque, ainda, para O Último Voo do Flamingo, O Outro Pé da Sereia, Antes de Nascer o Mundo, Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra e o mais recente deles, Poemas Escolhidos – selecionados por ele mesmo.