Sylvia Plath tinha “sonhos de grandeza” e queria que a New Yorker encomendasse um desenho dela para ilustrar um texto que ela também escreveria. A anotação está em seu diário e é lembrada por Frida, sua filha com o poeta Ted Hughes, na apresentação de Desenhos, lançado originalmente em 2013 e que chega agora ao País.
Quase todos os desenhos que estão no livro – deixado de herança por Hughes aos filhos e só apresentados ao público em 2011 – foram feitos em 1956, ano do casamento da poeta, e muitos deles são da lua de mel do casal, passada na França e na Espanha. Os outros são da Inglaterra e dos Estados Unidos.
As quatro partes da obra – uma para cada um desses locais – são abertas por uma carta em que a poeta comentava, entre outras coisas, sobre como estava satisfeita com o resultado de sua aventura pelo traço – paisagens, objetos, cenas cotidianas registradas ora com caneta e nanquim, ora com lápis. Era uma atividade que a acalmava, dizia o marido.
Uma cronologia da vida da escritora completa o volume.
DESENHOS
Autora: Sylvia Plath
Tradução: Matilde Campilho
Editora: Globo (80 págs., R$ 49,90; R$ 34,90 o e-book)