George Saunders ganha o Man Booker Prize com 'Lincoln no Limbo'

O livro premiado será lançado no Brasil em 2018 pela Companhia das Letras, que já publicou, em 2014, dele, 'Dez de Dezembro'

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Foto do author Maria Fernanda Rodrigues
Por Maria Fernanda Rodrigues
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O americano George Saunders, autor de contos, novelas e obras de não ficção, era o favorito para vencer o Man Booker Prize mesmo concorrendo com seu romance de estreia. E Lincoln no Limbo confirmou seu favoritismo na noite de ontem, 17, em cerimônia na Inglaterra, desbancando nomes como Paul Auster e Ali Smith e vencendo o mais prestigioso prêmio literário em língua inglesa. Ele ganhou 50 mil libras.

George Saunders é autor de obras de ficção e não ficção Foto: Hannah McKay/Reuters

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Prevista para sair no Brasil em 2018 pela Companhia das Letras, que já publicou, do autor, em 2014, o livro de contos Dez de Dezembro, a obra resgata um episódio dramático da vida de Abraham Lincoln: a morte de Willie, o filho de 11 anos do presidente americano, por febre tifoide, no início da Guerra Civil. 

A história se passa numa única noite, em 1862, quando o corpo do menino é enterrado. “A forma e o estilo deste romance totalmente original revela uma espirituosa, inteligente e profundamente tocante narrativa. Essa história de assombrosas e assombradas almas na vida após a morte do jovem filho de Abraham Lincoln, paradoxalmente, cria uma evocação vívidados personagens que povoam esse outro mundo. O livro tem como base a história e brinca com ela, além deexplorar o significado e a experiência da empatia”, disse Lola Young, presidente da comissão julgadora.

O livro de Saunders concorreu com 4 3 2 1, de Paul Auster, History of Wolves, de Emily Fridlund, Exit West, de Mohsin Hamid, Elmet, de Fiona Mozley, e Autumn, de Ali Smith. A primeira seleção do prêmio contou, ainda, com nomes como Arundhati Roy (O Ministério da Felicidade Absoluta) e Zadie Smith (Swing Time), entre outros.

Entre os autores já premiados em outras edições estão Julian Barnes, Hilary Mantel, John Banville, Margaret Atwood, J. M. Coetzee, Ian McEwan e Kazuo Ishiguro.

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