Gal Costa cantava 'Tudo Dói' quando alguns escritores e convidados da Flip começaram a deixar a tenda. Era a segunda música do show de abertura da festa e, um pouco antes, o público entrou na área reservada aos vips. Os seguranças se agitaram, os organizadores também – eles logo disseram que a retirada das grades era planejada.
Outros convidados saíram, e perderam a chance de ver Gal encantando o público e cantando sucessos como 'Da Maior Importância', a primeira da noite, 'Folhetim', 'Divino Maravilhoso' e 'Barato Total', 'Neguinho', 'Dom de Iludir', 'O Amor', 'Baby' e 'Vapor Barato'.
Ela subiu ao palco às 22h, contou que esta era a primeira vez que vinha a Paraty e prometeu mostrar “a poesia cantada”. Por mais de uma hora e meia, ela cantou num fôlego só, parando apenas para apresentar a banda, e até tentou fazer a voz de Tim Maia em 'Um Dia de Domingo', que cantou antes de 'Miami Maculelê', a última antes do bis. Na volta ao palco, 'Mansidão' e 'Força Estranha' e 'Meu Bem, Meu Mal' e 'Gabriela', cantadas em coro. Pela primeira vez, o show de abertura foi gratuito. E a praça estava confortavelmente lotada.