PARIS - O escritor Patrick Modiano se converteu nesta quinta-feira, 9, no 15º francês Prêmio Nobel de Literatura, o que garante o país como o maior vencedor do galardão, na frente dos Estados Unidos (11) e da Grã-Bretanha (10).
O poeta Sully Prudhomme foi o primeiro Nobel de Literatura, em 1901, e abriu uma lista em que Modiano acaba de entrar e da qual, até a quinta-feira, Jean-Marie Gustave Le Clézio era o último francês premiado, e na qual se destacam nomes como os de Albert Camus e Jean-Paul Sartre.
Em 1915, Romain Rolland e sua enciclopédica Jean-Christophe receberam o prêmio, e em 1921 foi a vez do político e literato Anatole France.
Seis anos depois Henri Bergson, autor de importantes obras em francês, logrou o prêmio, e dez depois, em 1937, Roger Martin du Gard, criador do Thibault.
A França esperou outra década para celebrar novamente um Nobel de Literatura, que foi dado ao engajado escritor André Gide.
Em 1952, o vencedor foi François Mauriac, e cinco anos depois, Camus viu reconhecida sua magnífica obra.
O poeta, diplomata, filósofo e historiador Saint-John Perse ganhou três anos depois, e em 1964 a Academia Sueca reconheceu o existencialista Sartre (que recusou o galardão).
A década de 1970 foi a única que não conheceu nenhum Nobel de Literatura francês, mas em 1985 Claude Simon e seus livros de memórias levaram o prêmio.
O literato de origem chinesa Gao Xingjian recebeu o prêmio em 2000 e integra lista, já que tem nacionalidade francesa e está instalado em Paris desde 1988.