Flip 2022 anuncia novos curadores

Milena Britto, Fernanda Bastos e Pedro Meira Monteiro, que esteve na edição de 2021, foram anunciados nesta sexta-feira, 10

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Por Matheus Lopes Quirino
Atualização:

A Festa Literária Internacional de Paraty, (Flip), volta ao formato presencial na edição de 2022, que vai ocorrer entre os dias 23 a 27 de novembro. Como na edição de 2021, que inovou com uma proposta de curadoria coletiva, serão três visões diferentes para realizar o evento. 

A professora da Universidade Federal da Bahia Milena Britto se junta à escritora Fernanda Bastos e ao crítico literário Pedro Meira Monteiro, que é docente de literatura brasileira na Universidade de Princeton e participou como co-curador na edição de 2021, que dedicou sua programação a um tema, Plantas, fugindo do padrão de autor homenageado"A curadoria coletiva é um desdobramento natural desses 20 anos de história criando pontes entre autores e leitores. A rede em torno da literatura é ampla e, portanto, faz todo sentido que tenhamos curadores fora do eixo [Rio-São Paulo], tanto no que diz respeito à multiplicidade de visões, como também na diversidade de territórios.", disse Mauro Munhoz, diretor artístico do evento. O Estadão entrou em contato com Munhoz na noite desta sexta-feira, 10, para confirmar as informações. 

Djaimilia Pereira de Almeida, vencedora do Prêmio Oceanos 2019, na Flip 2017 Foto: Walter Craveiro

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Com a primeira edição lançada em 2002, a Flip é a feira literária mais importante do Brasil e já trouxe para sua programação uma lista longa de autores nacionais e estrangeiros, como os vencedores do  Nobel Svetlana Alexievich, J. M. Coetzee, entre outros. Em 2003, na ocasião dos 90 anos do poeta Vinicius de Moraes (1913 -- 1980), deu-se o hábito de, anualmente, homenagear um autor brasileiro. Rito que foi interrompido na edição de 2020, com a escolha de Elizabeth Bishop, poeta norte-americana que foi companheira da arquiteta Lota de Macedo Soares, e morou no Brasil. 

A escolha de Bishop foi criticada por escritores e público, que não viram razão da autora norte-americana ser homenageada por conta de declarações polêmicas da autora sobre a ditadura militar. A então curadora da edição, Fernanda Diamant, entregou o cargo e a Flip seguiu à batuta do diretor -artístico do evento, Mauro Munhoz. Ainda não foi anunciado o nome do autor homenageado. 

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