
22 de agosto de 2014 | 15h17
Texto atualizado às 16h
Uma leitura feita pela atriz Fernanda Montenegro de trechos dos sermões de Santa Catarina, de Santo Antônio e do Bom Ladrão, de Padre Antonio Vieira, intercalada com a apresentação do Conjunto de Música Antiga da USP, abriu nesta sexta-feira a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, uma maratona cultural em torno do livro. Até o dia 31, são esperadas 700 mil pessoas no Anhembi.
Karine Pansa, em sua última Bienal à frente da Câmara Brasileira do Livro, destacou, em seu discurso, a visita de 120 alunos de duas mil escolas e o Vale Cultura, que poderá ser usado para comprar ingresso ou livros durante o evento, entre outros pontos.
Para o ministro da Educação Henrique Paim, há duas pontas a serem resolvidas com relação a educação: a infantil e o ensino médio. Ele destacou os avanços conquistados com a implementação de bibliotecas nas escolas e também o Programa Nacional do Livro para o Professor, para a formação do corpo docente.
A ministra Marta Suplicy fez uma homenagem "aos grandes nomes das letras que nos deixaram este ano". Ela se referia a João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna, autores que não estão sendo homenageados formalmente pela organização. A justificativa foi que a programação já estava fechada quando eles morreram.
A ministra comentou, ainda, sobre a participação do País em eventos internacionais. Em 2015, o Brasil será homenageado no Salão de Livro de Paris que, ao contrário das feiras de Frankfurt e Bolonha, que tiveram o país como convidado de honra em 2013, é aberta ao público - e não só para o mercado editorial. A escritora e idealizadora do Fórum das Letras de Ouro Preto, Guiomar de Grammont, será a curadora da participação brasileira.
Marta Suplicy deixou um recado para a plateia: "Vocês vão ter que trabalhar bastante agora que os cinemas entraram no Vale Cultura". Se antes 90% do gasto do brasileiro com o Vale Cultura era com livros, jornais em revistas, hoje esse percentual caiu para 82%.
Orçada em R$ 34 milhões, a feira promoverá 400 atrações para todas as idades e gostos - de encontros com autores best-sellers como Ken Follett, Kiera Cass, Thalita Rebouças e Ziraldo a debates sobre assuntos atuais, como os 50 anos do golpe militar e as recentes manifestações populares.
Participam, este ano, 186 autores brasileiros e 22 estrangeiros. Isso sem contar a programação que as editoras organizam em seus estandes.
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