
23 de dezembro de 2011 | 11h39
Em dois anos ela se tornou freira das Missionárias da Caridade, a ordem fundada por Madre Teresa. Vinte anos depois, no entanto, ela deixava a ordem, dilacerada pelo desejo de mais liberdade do que a ofertada por uma vida em que escrever poesia era desencorajado, mas não escrever notas diárias para ajudar a lembrar seus pecados; em que o contato físico era visto com maus olhos e os membros não recebiam permissão de manter contato próximo com seus familiares.
"Eu ainda era muito jovem e Madre Teresa era uma pessoa que eu admirava muito... achava que ela poderia me mostrar quem era Deus e como agradá-lo, como viver bem e como amar bem", disse Mary Johnson em uma entrevista por telefone.
"Então eu tentei fazer isso do modo como ela havia feito, o que pode ter funcionado para ela. Mas depois de um longo tempo, descobri que não funcionava para mim".
Mary narra sua jornada de noviça para freira e o que veio depois em "An Unquenchable Thirst: Following Mother Teresa in Search of Love, Service and an Authentic Life."
O livro detalha seus esforços para obedecer, sua satisfação inicial com o trabalho com os pobres do Bronx, as relações algumas vezes complicadas com suas irmãs da ordem e a solidão que a levou a romper os votos de castidade, uma vez com um padre.
Mary também escreve sobre suas experiências trabalhando com a própria Madre Teresa, que é descrita no livro - apesar da afeição da autora por ela - como uma mulher por vezes sobrecarregada pelas exigências multiplicadas tanto do mundo quanto da ordem que ela havia fundado.
(Reportagem de Elaine Lies)
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