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Com a morte de George Floyd, busca por obras sobre discriminação racial aumentou nos EUA

Os norte-americanos em casa estão se voltando a livros, filmes e programas de televisão que explicitam décadas de discriminação

Por Jill Serjeant
Atualização:

De Não Basta Não ser Racista a A Nova Segregação, a literatura a respeito da história da discriminação racial nos Estados Unidos está esgotando agora que os brancos norte-americanos buscam se educar enquanto os protestos de âmbito nacional contra a morte de negros desarmados aumentam.

Como a morte de George Floyd, que foi sufocado por um policial branco de Mineápolis, desencadeou mais de uma semana de protestos de rua em vários Estados, os norte-americanos em casa estão se voltando a livros, filmes e programas de televisão que explicitam décadas de discriminação.

Manifestação pela morte de George Floyd, emManhattan Foto: Eduardo Munoz/ Reuters

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Livros de não-ficção sobre a experiência negra lideram a lista de mais vendidos da Amazon.com, incluindo títulos infantis. Muitos estão esgotados e volumes usados chegam a custar 50 dólares.

No site da Barnes and Noble, oito dos 10 best-sellers são livros já publicados anteriormente.

“Isto não acontece todo dia... o primeiro e o segundo mais vendidos no geral na @amazon neste momento são dois livros que desafiam o racismo. Isto são vocês”, disse Ibram X. Kendi, autor de Como Ser Antirracista no Twitter nesta semana.

Assim como as manifestações transcendem a cor da pele, os norte-americanos estão procurando e repassando listas de leituras recomendadas a amigos e seguidores por meio de postagens no Twitter e no Instagram.

Kendi, que compilou uma destas listas para o jornal New York Times no final de semana, escreveu que o objetivo é “confrontar nossas crenças convenientes e nos conscientizar de que ‘Eu não sou racista’ é um slogan de negação”.

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Os apoiadores também são instados a fazer suas compras em lojas de propriedade de negros ou independentes, uma forma concreta de ajuda.

As recomendações se estendem a filmes e TV, incluindo Cara Gente Branca, Moonlight: Sob a Luz do Luar e Faça a Coisa Certa.

Ava DuVernay, diretora dos dramas de temática negra Selma: Uma Luta pela Igualdade e Olhos que Condenam, lançou uma plataforma de educação virtual cuja meta é usar tais conteúdos “como um trampolim para uma compreensão mais profunda”.

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