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Bienal do Livro: agito e 'formigueiro humano' marcam a abertura do evento

Feira na Expo Center Norte exige paciência de quem entra ou ainda deseja conseguir um ingresso

Por Matheus Lopes Quirino
Atualização:

Cosplayers, punks e até uma menina vestida de barbie girl. Personagens irresistíveis para se agruparem juntos em uma fila quilométrica. São Paulo, quase trinta graus, os transeuntes se acotovelam na fila do busão gratuito a caminho da Expo Center Norte, onde acontece a 26ª edição da Bienal do Livro de São Paulo

Público no primeiro dia de Bienal Foto: Matheus Lopes Quirino

Na saída do Terminal Rodoviário do Tietê, vãs clandestinas cobram R$5 com os condutores aos berros: "Pra Bienaaal". Nessa altura, a maquiagem das meninas que esperam o transporte lotar derretem, leques espalhafatosos se abrem para abafar o calor. "Tá babado essa bienal, vou chamar um Uber". Só que está muito caro, adverte a colega de fila. Da saída do Tietê ao local do embarque dos ônibus tem uma rua com comércio ambulante, é preciso atravessar todas as tentações da hora do almoço, como pastéis, pamonhas e kibes, para chegar no ponto na Av. Voluntários da Pátria. Lá, os ônibus saem rápido, enchem em instantes. Talvez uma das únicas filas que andem nesse País. 

Entrada da Expo Norte na tarde de sábado (2) Foto: Matheus Lopes Quirino

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Dez minutos é o tempo máximo entre embarcar no fretado free ao estacionamento do pavilhão. Em frente ao Expo Center norte, um formigueiro enlouquecido se esparrama pela calçada. Todos os sotaques se misturam em uma polifonia de R's. Tem gente de Pirapora, do Rio, Recife, e gente que não tem ingresso. As filas andam, andam. Mas conseguir ingresso nessas alturas deve ser uma saga. 

Lá dentro, depois de atravessadas todas as catracas, a sensação de entrar em um grande feirão dos livros chega, junto com a claustrofobia. Começou mais uma Bienal, e em clima de carnaval fora de época. 

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